DINHEIRO PARA QUEM NÃO PRECISA
O ministro Gilberto “eu não entendo o que ele fala!” Gil anunciou que terá mais verba para a cultura em 2006. Vou já colocar o meu cinto de castidade. Tão querendo me empalar. Quando falam em dar dinheiro para cultura sou eu (e você também, mané) quem paga.
Cultura para mim é Pernalonga e batuque de bar. O resto é mostra do cinema polonês. O dinheiro sempre vai para aqueles parasitas que vivem de “incentivo” para borrar telas e expor em vernissages regadas a champagne. É isso: nós pagamos o champagne. E para gente que já bebe champagne demais. Eu sou um cara culto pacas. Sei borrar telas como ninguém. Mas nunca recebi incentivo algum. Sacanagem.
Quando a grana não vai para um playboy “expressar a sua criatividade”, acaba sendo direcionada a algum grupo que estuda as “raízes brasileiras”. Raiz para mim é mandioca. Mas para os intelectuais raízes são Iemanjá e bumba-meu-boi. Eu não curto iemanjá. Boi para mim só serve para churrasco. Mas não adianta. Sou eu quem paga esses “estudos”. O Brasil continua um país agrícola: vive mesmo de raízes. E eu fico pastando grama.
A cultura nacional não precisa de dinheiro. Precisa é de menos Gilberto Gil.
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