AH, OS JORNALISTAS...

Você sabe qual é a diferença entre uma socialite e um jornalista? Nenhuma: os dois são loucos por uma boca livre. Mas a socialite leva vantagem por ter algum dinheiro (jornalistas geralmente compram aspirina a prazo...). Jornalistas vendem a alma e o cérebro por uma bocada. Mas de vez em quando as coisas saem do controle. A história do momento é o caso “Maria Rita”. A Warner, gravadora da guria, deu uns iPods de presente para pelo menos 30 críticos musicais. Foi, digamos, um mimo para facilitar a memória dos coitados na hora de resenhar o novo disco da garota (que, dizem, é bem nhe-nhe-nhém...). A maioria gastou todo o estoque de elogios e despejou confetes. Quer ver um jornalista aplaudindo? Joga uma sardinha para ele...

O pessoal da Warner é burro. Não precisava dos iPods. A maioria dos jornalistas elogia por muito menos. Ou por nada, já que vários sofrem da síndrome dos glúteos flácidos. Uma prova foi o disco da Preta Gil (quem? Ahn? Como?). O disco é um refugo nuclear de tão ruim (eu ouvi um par de músicas e, juro, meus ouvidos estão apitando até hoje...). Fucei a internet inteira atrás das resenhas. Não achei nenhuma falando mal. NENHUMA! A maioria ficava em cima do muro, no esquema 3 estrelas, elogiando a ousadia, etc.

Ficamos assim, então: os jornalistas entram para a classe dos animais desvertebrados, filha de ministro vira artista “ousada” e cantora que imita a mãe morta vira “revelação”. Com a MPB claudicando isso faz sentido, não faz, amiguinhos?

PS: Sorry, fãs...não entro nessa onda. Não vou prestigiar filha de ninguém...
PS 2: Claudicar significa ”capengar”. E capengar significa...Ah, saco, olha no Aurélio!