ARQUEOLOGIA

O revival dos anos 80 alcançou o esgotamento de alternativas. Depois de recuperarem as músicas e a moda, chegamos ao estágio de redescobrirmos as pessoas inexpressivas. Na semana passada a Luciana Gimenez entrevistou uma ex-paquita que posou nua. Na entrevista, a guria falou sobre carreira e contou como os pais apoiaram a idéia dela mostrar em uma revista aquilo que o seu ginecologista estava cansado de ver. Pais bacanas esses.

E ainda no quesito “assistentes da Xuxa”, temos o paquito Claudio Heinrich, que foi convidado pela Record para apresentar um programa que seria capitaneado pela Cicarelli. A bimbada na praia anabolizou o cachê da Big Mouth, que pediu uma pequena fortuna pelo trabalho e ficou “na mão”. Fica a dica para você que anda sonhando em virar apresentador de tv: sorriso besta aliado à falta de talento ajuda na carreira, se você não tem vergonha de rebolar para os outros.

Mas o caso mais grave de arqueologia escrota é a Narjara Turetta. Ela trabalhou com a Regina Duarte na série “Malú Mulher” e andava meio esquecida. Foi redescoberta, está atuando em novela global e não pára de dar entrevistas. Infelizmente ninguém se lembra de perguntar que tipo de merda a mãe dela tinha na cabeça quando a batizou com esse nome que mais parece classificação biológica de algum invertebrado (“Narjara Turetta, família dos anelídeos...”) ou nome de um artefato do império Inca.

Nesse ritmo, em breve estaremos revivendo a conjuntura da época também: teremos hiperinflação, guerra fria e Sarney como presidente. Ok, ok, foi uma brincadeira. Toma água com açúcar que o susto passa.