PRETA GIL VEGETAL?

Eu tenho a seguinte teoria: um tema relevante deixa de sê-lo quando é comentado por alguém das famílias Gil-Veloso. Por exemplo: globalização era um tema e tanto, aí o Gil fez uma música besta sobre o assunto. Perdeu a graça. A situação piora quando é a Preta Gil que se mete a discutir.

O leitor Fernando Couto deu a dica. No blog da fofa (procura, bagual, porque eu não vou colocar link) tem um desabafo sobre as mulheres-fruta. Preta diz que sempre teve o corpo dessas novas beldades com excesso de lipídios, como a mulher-melancia. Mais de mil e duzentos leitores deixaram comentários do tipo "Preta, você é liiiiiinda" (reparem como o retarmanento mental afeta a articulação das pessoas).

Pois é, eu tinha um belo discurso pronto sobre como essa mania de classificar mulheres em categorias alimentares é uma afronta à emancipação feminina, etc, etc. Mas com a Preta no debate a coisa vira piada e a gente se sente na obrigação de tirar uma lasca.

Enfim, se ela quer entrar para o rol das mulheres vegetais, que apelido ela deveria receber? Mulher-cebola (faz qualquer um chorar)? Ou mulher-jiló (é asqueroso e ninguém engole)? Eu acho válida qualquer opção, desde que ela se comporte como um hortifruti: fique quieta na fruteira da cozinha. E por que temos que nos limitar à classe vegetal? Por que não usarmos os minerais? Que tal mulher-urânio-enriquecido? Ou, sei lá, poderia ser a mulher-estrôncio (não sei pra que serve, mas o nome é engraçado – é o elemento 38 da tabela periódica).

Em tempo: ela está em turnê pela África. Séculos de escravidão e agora isso... os africanos não merecem.