OLIMPÍADAS? QUE SE DANE!

Desculpa aí, turma do “Papa essa, Brasil”, mas eu não vou entrar nesse clima de ufanismo bipolar: ser patriota durante as olimpíadas, mas achar o país uma merda no resto do tempo. Eu prefiro achar tudo sempre uma merda. Ver um atleta ganhar pedaços de metal com o nome de “medalhas” não me faz sentir nada. Sono, talvez, visto que as competições são em horários horríveis. Como? Acordar às 7 da matina para ver dois marmanjos vestidos com quimonos se agarrando no chão? Não, obrigado.

Não manjo nada de tênis, handboll, iatismo e, céus, não faço idéia de como se contam os pontos na ginástica olímpica. E também não sei como os juízes das competições de saltos ornamentais percebem que o sujeito caiu com as pernas em um ângulo 30 graus abaixo do esperado. Quer saber? Foda-se, que diferença faz?

Esporte para mim é algo que passa perto do fascismo. Esse lance de desfiles, hinos e superação dos limites do corpo... sei não, Hitler curtia esses lances. Torço para o Brasil não voltar com muitas medalhas. Sério. Não vou agüentar os discursos demagógicos falando da “garra brasileira”, etc. Vão dizer que é uma vitória do Brasil, mas vai ser uma vitória dos atletas, mesmo. Eles merecem ganhar algo pelas dietas de baixo teor calórico. Vou pensar nisso quando comer a gordura da picanha.

No mais, o legal das olimpíadas é redescobrir países desimportantes. Cazaquistão: dá para acreditar que existe um lugar com esse nome?