COMO ASSASSINAR A MÚSICA
Eu digo sempre: o mundo é um lugar violento para se viver. Eu estava assistindo TV e, de repente, vi um comercial do novo disco do Paulo “eu forço a voz, sim!” Ricardo, ex- RPM: “Acoustic Live” (como todos nós moramos na Escócia, o título é assim mesmo, em “ingrêis”). Eu me lembro de uma ou duas ocasiões em que fiquei paralizado de pavor ao assistir tv: no 11 de setembro, na primeira vez em que vi o Enéas discursando e agora isso. Meu sangue gelou.
Como Paulo Ricardo é um cara versátil, o disco, além de ser acústico (a forma mais fácil e cretina de mostrar “maturidade” musical e economizar uns trocados na produção), é todo composto por covers. A lista de assassinatos é impressionante: Paul McCartney, Bob Dylan, Bob Marley...14 músicas apropriadas para o talento e a sensibilidade do rapaz. Ouvir “Like a Rolling Stone” cantada em versão “Estou fazendo força no banheiro” deve ser arrepiante. O pouco que ouvi no comercial já fez todas as bactérias do meu estômago pedirem asilo em algum país distante da Polinésia.
O disco foi gravado na “House of Palomino”, nova egotrip da colunista de moda Érika “Ai, como sou importante” Palomino. Aposto como 50% da platéia era formada por publicitários bêbados com gravata do Frajola na testa. E o cantor ainda ameaça lançar um “Volume 2” da coisa. Ai, meu esôfago...
Se você quer sacanear aquele seu amigo chato, já sabe o que comprar de presente.
Como Paulo Ricardo é um cara versátil, o disco, além de ser acústico (a forma mais fácil e cretina de mostrar “maturidade” musical e economizar uns trocados na produção), é todo composto por covers. A lista de assassinatos é impressionante: Paul McCartney, Bob Dylan, Bob Marley...14 músicas apropriadas para o talento e a sensibilidade do rapaz. Ouvir “Like a Rolling Stone” cantada em versão “Estou fazendo força no banheiro” deve ser arrepiante. O pouco que ouvi no comercial já fez todas as bactérias do meu estômago pedirem asilo em algum país distante da Polinésia.
O disco foi gravado na “House of Palomino”, nova egotrip da colunista de moda Érika “Ai, como sou importante” Palomino. Aposto como 50% da platéia era formada por publicitários bêbados com gravata do Frajola na testa. E o cantor ainda ameaça lançar um “Volume 2” da coisa. Ai, meu esôfago...
Se você quer sacanear aquele seu amigo chato, já sabe o que comprar de presente.
10 Comments:
Walter é hilário...quase gozei! rsrs. ;-)
QUERO MAIS BRASIL! Eles vão ter que me engolir todos os dias, estou botando a boca no trombone, QUEM CALA, CONSENTE!. VAMOS NESSA! GRITE VOCÊ TAMBÉM! :-) Bjs
Olá, Walter,
e esse vereador canastrão, o Cláudio Cavalcanti, quer acabar com a pesquisa no município do Rio?
Caramba, vocês têm que se livrar dessa turma...
Caro Walter:
Houve dias em que eu jovem, chapado e inocente dancei ao som do RPM (podemos continuar amigos?)
Abçs
OBA!!! Esse eu nem vou baixar, vou comprar direto!
Valeu a dica Walter!
Pô! Eu tb jpa ouvi muito RPM na infância. Eu era uma criança, né? Ai que vergonha!
Vou confessar. Também já ouvi RPM. Mas passou. Parei com as drogas. Nos anos 80 a gente fazia cada coisa!
Valeu a dica e é verdade nos anos 80 faziamos cada coisa.. cruz credo
O mais curioso, eh q ele se sente orgulhoso em fazer isso O__õ
huiahaihuihuia
abraçao
Ainda bem que não assisti a esse sacrilégio, logo eu, velho (literalmente) fã do Bob Dylan.
Com as devidas adaptações, viva o Lima Duarte, o único que teve coragem de dizer que nesse país a picaretagem rola solta no meio artistico.
Abç
Todo rockeiro(é assim que se escreve?)tem essa fase "um banquinho um violao".Paulo Ricardo é um quase roqueiro(eu acho que é assim),quase ator,quase artista...quase nos engana...
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