EU E OS IDIOTAS NA TERRA DO SOL – FESTIVAL DE GRAMADO PARTE 1.
Comunicado: o Blogger continua sem carregar imagens. Para não privá-los das besteiras de Gramado, aqui vai a matéria atrasada e sem fotos. Mas, para aqueles que porventura não acreditarem que eu estava realmente por lá, basta clicar aqui: http://waltercarrilho.zip.net , para ver algumas fotos que eu tirei durante o festival. Mais fotos em breve!
Quem foi a Gramado teve que encarar chuva, névoa e filmes brasileiros. Coisa de masoquista. A névoa era tão espessa que eu me sentia em uma peça do Gerald Thomas. Torci para que a névoa invadisse a sala de cinema, me impedindo de ver os filmes. Não tive sorte. Eu ficaria 4 dias cercado por cineastas, fãs histéricos e jornalistas. Preferia estar no Líbano. Veja a foto aqui
O que é Gramado - É mais ou menos como Brasília, que é tomada por deputados: gente arrogante que vive de mamar em verbas públicas. A diferença é que, em Gramado, ao invés de deputados temos cineastas. Ou seja, é quase a mesma coisa.
Quem estava lá - No Oscar, os grandes atores comparecem em peso. Aqui, a maior celebridade era a dupla Sandy e Júnior. Desconfie de um festival de “CINEMA” cuja maior celebridade é uma dupla de pentelhos da música pop. Poucos atores de respeito apareceram, como Antônio Fagundes e Selton Melo. A maioria dos presentes não tinha muita relevância cinematográfica. Lúcia Veríssimo e Paula Burlamaqui atraiam as atenções, mas...ahn...que filmes elas fizeram mesmo?
O tapete - O centro nervoso de Gramado é a Rua Coberta. Lá é estendido o tapete vermelho que conduz os convidados até o Palácio Dos Festivais. Para assistir aos filmes tive que "desfilar" sobre ele. É legal. Bate um sentimento cretino do tipo “Sou um bosta, mas tenho convite”. Prometo me auto flagelar depois disso...-Veja a foto aqui.
Como se comportar em Gramado - As pessoas ficam tentando adivinhar quem você é, se é artista ou não. Eu achei por bem fingir que era um cineasta. Não é difícil: quase todos usam capotão, óculos escuros e bonés, como eu. Só precisei fazer a cara de “Eu sou importante, porra!” e seguir em frente. Pensei em estapear um fotógrafo para ficar mais convincente, mas acho que a maioria já fazia isso. Ao andar no tapete vermelho eu resisti à tentação de acenar para a “plebe” que se acotovelava atrás da grade. Fiquei com pena. Eles aguardam a presença da Maitê Proença, mas acabam tendo que se contentar em ver uma coadjuvante de Malhação. E acham isso legal. Uns manés.
Os filmes - Gramado é legal, tem ótimos restaurantes e vinho barato. O problema é ver os filmes. Decidi que iria ver apenas um ou dois.O duro é saber escolher. Você nunca sabe quando vai dar de cara com o milésimo filme sobre a ditadura (como “Sonhos e Desejos”) ou um documentário sobre índios (“Serras da Desordem”). São 57 filmes entre curtas e longas. Os curtas são bem melhores que os longas. Por que? Ah, porque são curtos.
O que eu vi - Eu assisti a “Anjos do Sol”, filme bonito e tipicamente brasileiro: todo mundo é pobre e se dá mal. A atriz principal interpreta uma prostituta adolescente que passa o filme apanhando. O personagem é forte, mas a atriz, Fernanda Carvalho, é ruim à beça. No final ela foi aplaudida. Público de cinema brasileiro é assim: não sabe diferenciar personagem de atriz. No dia seguinte eu vi “Wood e Stock”, que é ruim de doer. A platéia aplaudiu e berrou de alegria. Só depois eu fui saber que a metade dos presentes tinha trabalhado no filme.
Jornalistas - 550 jornalistas cadastrados chegaram à cidade. Apenas 3 eram estrangeiros – o que mostra a “importância” do festival. É muito jornalista para pouco cinema. A maioria é jovem, se veste com o modelito “vi essa roupa na Capricho” e faz aquela cara de “Ai que chique, sou jornalista” (são parentes distantes da garota padrão “Eu faço Te-a-tro!”). Duvido que algum dia eles subam o morro do alemão ou façam alguma coisa mais parecida com jornalismo de verdade. Para eles, o barato é fazer entrevista com atrizes do segundo escalão e ver filme ruim de graça. Um luxo.
Tietagem - Todo mundo queria tirar foto de José de Abreu e Ângela Vieira, que foi perseguida até a porta do banheiro. Preferi tirar foto com Jorge Loredo, o Zé Bonitinho. Esse sim é astro. Veja a foto aqui
E na segunda parte? - Não percam: os micos da premiação, os segredos de Gramado, como se dar bem por lá e muito mais. Ah, e não vai ter foto da Rita Guedes. Compra a Playboy, vagabundo!
15 Comments:
Grande cobertura Walter.
Confesso que fiquei com inveja por você ter visto ao vivo e a cores o Loredo. O cara é meu idolo!
Um abraço.
Puxa vida, comeu fondue, chocolate, café colonial,...
Foi de boquinha também né ???
Meteu o pau mas foi chupim como os outros não é ????
Assuma Walter, você queria estar lá, brilhando como nossa rainha Rita Guedes....
moro em Gramado a vida inteira.
nem tem mais graça fingir ser cineasta...
Muito boa esta primeira parte da materia, hehehe...UM LUXOOOO! haha.
É isso ai, os filmes nacionais sao sempre a mesma coisa.
Favela...presidios...nordente...sertao...alguma comedia tosca...ditadura...filmes da xuxa e do didi...
Ta pra nascer o moisés q vai nos livrar deste carma e fazer um filme q se possa chamar d "filme".
Filmes, servem justamente pra nos tirar da realidade...cinema, vem do grego-anglo-saxonico-latin-asteca que significa "sair da realidade", se eu quiser ver favela, prostituta e a vida dura do sertao eu compro um jornal.
Sem contar os artistas q sao sempre os mesmos, "caras novas" eles chamam de atores da malhaçao. Nao aguentamos mais ver o Fagundes!
O mais curioso, é q todos eles ficam felizes em ganhar uma estatua feia e paga pau do Oscar. Se bem q daria um otimo peso d papel na minha escrivaninha.
Abraçao Walter! ^^
Cara, a foto com o Zé Bonitinho é de se invejar... Qualquer dia publico no meu blog uma foto minha com a Véia do Shopping (detalhes em http://www.overmundo.com.br/overblog/quem-e-veia-do-shopping).
Aguarso ansiosamente a segunda parte da matéria...
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ahahahahaha Walter vc é demais. Essa de passar a mao na bunda do kikito é genial. To rolando de rir. O resto é a mais pura verdade. Uma aglomeração de PIMBA's. Mas uma pergunta que não quer calar: O que tu foi fazer lá afinal????
Walter, vc acabou com a minha Gramado, isso só na primeira parte. Imagino o que virá no proximo post (?) Concordo com a parte brega,trash e boçal, daquele festival.
Bjs
Respondendo às inevitáveis perguntas:
Ricardo: Fui participar de um seminário. Não dou mais detalhes para não revelar a minha (inútil) identidade...
Clayton: Não posso negar. Foi divertido. Sempre me divirto com a boçalidade alheia.
Anônimo: Fui a trabalho, xará. Chupim é o Amaury Jr. E que papo é esse de "nossa rainha Rita Guedes"??? Em que país você vive, malandro? Monarquia é na Inglaterra, manja? Ou vc também é adepto daquele papo de "Rainha Xuxa"?
Santa: eu posso zoar com o festival, mas a cidade é bacanuda.
Ahahahah Espetacular cobertura e imagens! walter, notei que és um gatão! Ahahahah ;-) Bjs
kkakakakakakakaka meu ídolo! Vc desmistificou esse tal de Festival de Cinema de Gramado. Na verdade, eu nunca entendi por que um festival de cinema numa cidadezinha longe do mundo cultural do Brasil teria importância. Qual é a ligação de Gramado com cinema? Pergunta de gente ignorante, no duro. Bjkª. Elza
SOS BRASIL! Eu quero a minha mãeeeee... manhêeeee! Um senador custa em média 125 MIL REAIS POR MÊS no Brasil!!! Temos 81 senadores! SOS BRASIL!
Isso é que é cobertura. E o Zé bonitinho é muito cult. Eu gostava também do Costinha (rs) Abraços no aguardo da continuação
Ai, Walter, você é muito malvado com os jornalistas teenagers, "tadinhos". E eu que pensei que eu batia forte no tipinho. Perto de você sou quase uma noviça. eh, eh... =)
Cobertura total, amigo. Você realmente passou tudo aquilo que sentiu com seu modo todo peculiar. Ri pra burro, também, como capim porque gosto, né?
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