segunda-feira, março 12, 2007

PESCA PREDATÓRIA É UMA BOA

O Greenpeace que me desculpe, mas a extinção de algumas espécies não seria uma má idéia. O “Funkeiro-Praiano”, por exemplo. Apesar da placa “proibido animais na praia”, eles insistem em infestar o litoral. Ando viajando pelas praias paulistas para terminar um trabalho de catalogação da flora boçal litorânea. E o “Funkeiro” vai estar na capa do livro. Ele merece.

O “Funkeiro-Praiano” é uma ameaça ao equilíbrio ecológico. Ele age assim: estaciona o seu carro ao lado de alguma aglomeração de seres humanos, abre as portas e coloca “Tô ficando atoladinha” no último volume. Vestido com uma bermuda florida que faria um havaiano morrer de vergonha, ele rebola sem se preocupar em provocar náuseas nas outras espécies animais do local. Pior: ele trabalha em bando. Geralmente está acompanhado da “namorada-de-cabelo-mal-tingido” e, em casos radicais, da “sogra-tranca-praia”, que tem a aparência do Tim Maia com elefantíase. E ela ainda usa maiô, o que me impede de repetir a porção de camarão. Ao sair da praia, deixa um rastro de latas de cerveja e estômagos revirados.

Ok, eu não espero ouvir Vivaldi na praia. Mas já me contentaria em ouvir “MÚSICA”. O naufrágio de 10 petroleiros da Exxon não costuma provocar a mesma devastação ambiental. Fui à praia nesse fim de semana e profetizo: mais 2 anos nesse pique e as praias estarão lotadas de peixes e turistas mortos. Quero saber o que o Ibama vai fazer a respeito. Liberem a rede de arrasto para esses casos, por favor.

P.S.: Se você é leitor e é fã de funk, não adianta ficar irritado. Basta parar de ouvir funk. O planeta agradece. E para não se sentir perseguido, leia o que eu já escrevi sobre axé. A mediocridade equaliza tudo.

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13 Comments:

Blogger Serjão said...

Walter:
Eu já passei férias no sul da Bahia e todo mundo me amedontrou dizendo que ali o Axé come solto e que era isuportável. Fui preparado para ouvir aquela praga no último volume em qualquer esquina que eu percorresse. Não é bem assim. Praticamente vc só ouve axé se quiser,podendo perfeitamente ficar meio de banda e longe deste tipo de muvuca que rola nas tais barracas de Axé. Há várias escapatórias. Lembrei disso quando li seu texto. Não há nada lá nem de brincadeira comparável com esta raça que vc muy justamente quer exterminar. Aqui no Rio é a mesma coisa. E para fugir disso só em praia de reserva militar daquelas que só os Presidentes tem acesso.

Mas uma vez o seu blog dando um show de utilidade pública. Como sempre, conte comigo.

Um abraço

segunda-feira, março 12, 2007  
Blogger Roy Frenkiel said...

C eh baum hehe

Abrax

RF

segunda-feira, março 12, 2007  
Blogger Dick Nixon said...

O mais legal é quando você está com toda sua família, inclusive filhos pequenos: eles ouvem absurdos do tipo "Lapada na Rachada" e te pergutam depois "Por que que a mulher da música quer tapinha na bundinha?".

segunda-feira, março 12, 2007  
Anonymous Anônimo said...

É por isso que só pego praia em lugar isolado. Aqui em Florianópolis tem dessas e outras espécies locais bizarras.
Tem nego aqui que faz churrasco na praia e ouve VANEIRÃO no último volume. Td isso com a família e a turma inteira a tiracolo.

Mas acho que o funkeiro-praiano é ainda mais grotesco. Bjs.

obs: sugiro que relacione as praias em que os fenômenos são mais facilmente observados.Assim eu nunca passo por lá qdo for a SP!;)

segunda-feira, março 12, 2007  
Blogger @David_Nobrega said...

Uma rara e estranha coincidência é aquela onde o imbecil que gosta de ouvir esse tipo de 'musica' (me desculpe o termo, mas a tal 'música' é de e para puta), gosta também de tunar o carro, enchendo o porta-malas com caixas de som.
Caixa de som maior que 10 watts deveria ser vendida somente com apresentação de porte de arma...

segunda-feira, março 12, 2007  
Blogger Bruno Cortezão said...

Putz Walter,
será que extinção dessa expécia não causaria nenhum desequilibrio ambiental!? hunnn... acho q naum!
parabéns pelo blog.

segunda-feira, março 12, 2007  
Blogger Felippe Fiori said...

AUDISHAUDSHAUIODHSAUHSDAUHDSIUHSDIHDSd ASUIHDSAHIUSDAHIUSDAHIASHDIUHSAHSADSd nossa não sei como eu vivia sem ler seus textos, muito bom, de extrema qualidade e divertissismo! dsuaihdsauihdsa nossa to infartando de rir. meus parabens! :D

terça-feira, março 13, 2007  
Blogger Jorge Sobesta said...

Walter,

Você é um cara de sorte. Pra passar por isso tem de ir à praia.
Eu tenho um vizinho do tipo "quatro patas" que adora lavar o carro com o som na maior altura. Creio que ele ache que todos aqui na rua gostamos.

Grande abraço.

terça-feira, março 13, 2007  
Anonymous Anônimo said...

Tocar música clássica também mata os funkeiros, eles não resistem a música de verdade.

terça-feira, março 13, 2007  
Anonymous Anônimo said...

Com tanto funkeiro dando sopa por aí e os japoneses preferem pescar as baleias...

terça-feira, março 13, 2007  
Blogger Spider said...

Pior, é que esta é apenas uma das familias da especie...nao se eskeça dos "funkeiros urbanos", que apesar de um ecossistema diferente, se adaptam facilmente ao asfalto e se encarregam de virar o esofago de todos com uma maestria incrivel...

haiuhauahuhauiha
Grande abraço walter!

Marcadores: ecossistema, asfalto, esofago.

quarta-feira, março 14, 2007  
Blogger ANGinUSA said...

Oi Walter
Te convido a let meu post s/ musica e suas musas... ta mais parecendo um caso de falta de musa...

http://blogiana.blogspot.com/2007/02/de-divina-e-graciosa-cachorrinha.html#links

quinta-feira, março 15, 2007  
Blogger Cristina Lima said...

Você realmente é um gênio!Sua descoberta dá de 10 nos cientistas do mundo inteiro!

sábado, março 17, 2007  

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