COMO ESCAPAR DE FILMES CHATOS.
A cidade de São Paulo é pródiga em oferecer eventos de resistência. Tem a São Silvestre, por exemplo. E, claro, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, cuja 31ª edição teve início na última sexta-feira. Não tem as ladeiras da corrida, mas oferece uma mistura de filas, filmes holandeses e 12 “designers revolucionários” por metro quadrado. Correr 15 quilômetros costuma doer menos.
Nada contra a mostra. Sou fã ardoroso de cinema e um freqüentador irregular do evento. Mas eu sofro com alguns dos filmes exibidos. Neste ano são 461 filmes. A chance de trombar com o trabalho “inovador” de um sub - Goddard é sempre grande. E se o Goddard da França já é mala, imagine o da Jamaica. Por isso, aqui vai um guia prático para evitar filmes chatos:
1- Analise o nome do diretor. Evite filmes dirigidos por diretores com nome cheio de consoantes, como, por exemplo, Szhipfrir Godantsminklrh. Geralmente são diretores poloneses septuagenários que adoram filmar o tédio de funcionários públicos deprimidos.
Nada contra a mostra. Sou fã ardoroso de cinema e um freqüentador irregular do evento. Mas eu sofro com alguns dos filmes exibidos. Neste ano são 461 filmes. A chance de trombar com o trabalho “inovador” de um sub - Goddard é sempre grande. E se o Goddard da França já é mala, imagine o da Jamaica. Por isso, aqui vai um guia prático para evitar filmes chatos:
1- Analise o nome do diretor. Evite filmes dirigidos por diretores com nome cheio de consoantes, como, por exemplo, Szhipfrir Godantsminklrh. Geralmente são diretores poloneses septuagenários que adoram filmar o tédio de funcionários públicos deprimidos.
2- Cuidado com filmes franceses. Os franceses adoram trepar. Mas, no cinema, eles gostam mais de ler livros de poesia e discutir filosofia moderna. Enfim, os filmes têm cenas de sexo, mas elas são entremeadas por citações de Sartre. Um saco.
3- Fuja de filmes que tragam nomes de frutas no título. Por exemplo: “Cheiro do melão azedo”. Costumam ser filmes coreanos cheios de gritos e pessoas esquizofrênicas. Dá medo.
4- Não acredite nos críticos. O crítico que define o filme daquele novo diretor alemão como “divino” provavelmente tem tendências masoquistas, o que o leva a elogiar euforicamente filmes com 4 horas de silêncio preenchidas por cenas de velhos internados em asilos.
5- Não dê muita bola para os filmes brasileiros. Os que passam na mostra não são melhores do que aqueles exibidos apenas no circuito regular. Eles só têm um pouco mais de retirantes miseráveis do que os outros.
Essas dicas costumam ajudar bastante. Mas isso não o livra do risco de sentar ao lado de 2 artistas plásticos deslumbrados que passam a maior parte do tempo relembrando detalhes de uma recente viagem ao Tibet. Pensando bem, talvez isso seja melhor do que os filmes iranianos... Boa sorte.
Essas dicas costumam ajudar bastante. Mas isso não o livra do risco de sentar ao lado de 2 artistas plásticos deslumbrados que passam a maior parte do tempo relembrando detalhes de uma recente viagem ao Tibet. Pensando bem, talvez isso seja melhor do que os filmes iranianos... Boa sorte.
Marcadores: Dicas culturais estupidamente sinceras, Estudos de Boçalidade Aplicada
11 Comments:
Tudo anotado, Walter.Acrescentaria um 6°ítem : cuidado com indicações na blogosfera ,uma minoria-vai-com-as-outras segue sempre as opiniões de blogs tidos como intelectuais , fãs de carteirinha dos diretores de nomes cheios de consoantes, e fazem a cabeça dos incautos.
Ainda bem que estou no Rio!!!
Assim fica mais fácil fugir dos filmes chatos...
Passando para agradecer mais um serviço de utilidade pública do sei inestimável Blog
Abs
imprimi e vou decorar, assim fica fácil não se entupir de pipoca, engasgar, sabe-se lá o que pode acontecer.
bj
ophélia
Estou repassando para minha sobrinha, que está debutando(que coisa fresca)na Mostra.
Acho que vai ajudar.
se vai fazer a cobertura disso meu amigo e candidato, tenho dó de ti.
E cinema francês, assim como alemão, é coisa de viado (lá em casa tem um post sobre isso eheheh)
preciosas dicas... já cai em muito filme tcheco e ucraniano... valeu!
mas pior é aguentar filme com a Catherine Deneuve, com uma bicha gritando "Maravilhosa!!!" e suspirando a cada 10 minutos!
Já passei por isso...
[]
Já visitou saporra hoje?
Acho que o Gugu, aí do post de baixo, poderia estender sua idéia de disseminar cultura à grande massa e distribuir também ingressos da Mostra para que o povo conheça as maravilhas cinematográficas do Cazaquistão, por exemplo.
- "Ô Istivicleyson! Se arruma que mais tarde nós vai no cinema com os ingresso que eu ganhei lá no pograma do Gugu!"
- "É filme novo da Xuxa? Do Didi?"
- "Não... é do Zhanna Issabayeva!"
Walter,
Disse tudo, fui na coletiva do novo filme do Babenco (un saco por sinal, fiz até um post no meu blog).
Claro, varios criticos estavam presentes, escutei conversas do tipo "Pretendo assistir uns 90 filmes nesta Mostra".
Caracas, 90 filmes, isso da uns 6 por dia. Duvido que o manê vai sequer lembrar do titulo do primeiro filme do dia. Ridiculo.
Teve um namorado que adorava ver filme iraniano. Quer saber? Desmanchei!!!!! Um saco!
Cara, vc e o Serjão são impagáveis. Sou fã de carteirinha dos dois. Vcs dizem o que a maioria não tem coragem de admitir por medo da vigilância petrelha.
Abraços,
E filme do Casaquistão só o Borat, very nice!!!
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