VOCÊ VIU O FILME DO DANIEL?
A idéia de que o brasileiro é solidário nunca passou de uma piada na qual uns otários acreditam. Mas não é que tem gente demonstrando uma imensa boa vontade e espírito samaritano? Pena que seja uma solidariedade mesclada a um certo masoquismo. É incrível, mas ouvi um monte de gente falando que foi ver a refilmagem de “O Menino da Porteira”, com o cantor Daniel, o Sérgio Reis com “ab toner".
O filme nem esquentou muito o assento e já está saindo de cartaz. Mas mesmo assim tem gente comentando, dizendo que curtiu. Não estranhe, mas são pessoas que não gostam de música sertaneja, não sabem a diferencia entre um pé de feijão e uma samambaia e acha boi um bicho fofinho, desde que fatiado e mal passado. São pessoas supostamente cultas e antenadas, que sabem o que rolou no último capítulo de Lost e fingem ler Tolstoi para não pegar mal no almoço com amigos.
Sabe o que é isso, Juquinha? É a volta do lema “vamos prestigiar o cinema brasileiro”, um lance meio “vamos dar amendoim aos macacos” – a diferença é que nesse caso os primatas têm verba pública. A solidariedade e a condescendência com a classe artística nacional é antiga. É como cuidar de bebês: eles cagam, mijam e babam, mas não são uma gracinha? Não duvide: quem elogia o filme também acredita que as novelas “são um retrato da nossa realidade”.
O diretor do filme é Jeremias Moreira, o mesmo que dirigiu a primeira versão. É um caso curioso de reciclagem dos próprios dejetos. Nada contra quem viu o filme para “conhecer o Brasil real” e ver histórias “do nosso povo, nossa gente”. Mas, sinceramente, esse lance de menininho pedindo para boiadeiro “tocar o berrante” é meio esquisito em tempos de CPI da pedofilia.
O filme nem esquentou muito o assento e já está saindo de cartaz. Mas mesmo assim tem gente comentando, dizendo que curtiu. Não estranhe, mas são pessoas que não gostam de música sertaneja, não sabem a diferencia entre um pé de feijão e uma samambaia e acha boi um bicho fofinho, desde que fatiado e mal passado. São pessoas supostamente cultas e antenadas, que sabem o que rolou no último capítulo de Lost e fingem ler Tolstoi para não pegar mal no almoço com amigos.
Sabe o que é isso, Juquinha? É a volta do lema “vamos prestigiar o cinema brasileiro”, um lance meio “vamos dar amendoim aos macacos” – a diferença é que nesse caso os primatas têm verba pública. A solidariedade e a condescendência com a classe artística nacional é antiga. É como cuidar de bebês: eles cagam, mijam e babam, mas não são uma gracinha? Não duvide: quem elogia o filme também acredita que as novelas “são um retrato da nossa realidade”.
O diretor do filme é Jeremias Moreira, o mesmo que dirigiu a primeira versão. É um caso curioso de reciclagem dos próprios dejetos. Nada contra quem viu o filme para “conhecer o Brasil real” e ver histórias “do nosso povo, nossa gente”. Mas, sinceramente, esse lance de menininho pedindo para boiadeiro “tocar o berrante” é meio esquisito em tempos de CPI da pedofilia.
Marcadores: Dicas culturais estupidamente sinceras
8 Comments:
o brasileiro é sim um falso-solidário. É só ver o presidente para entender...
Tio Walter, não sei quem é pior: o Serjão reis ou o Daniel. Sertanejo é uma praga!!!
Tio Wal...ops, embalei no comentário anterior...sorry!
Meu herói (da resistência) Walter Carrilho: Serei repetitiva : tens razão more uma vez!Ninguém com razoável senso ou que toma a sua dose diária de fluoxetina , aguenta mais o Sir Daniel. Já percebeu a desproporção cabeça/corpo?Coisa de gibí!
Era isso. Boas coelhadas para você no feriado.
absolutamente bizarro que em prol de um pseudo-ufanismo se gaste dinheiro com esse tipo de merda.
Respondendo a sua indagação a respeito do BB meu presidente: Não caiu a ficha, a manobra escusa tem por objetivo entregar ao seu governo, quando eleito, uma estrutura financeira falida e desmoronada. Urge, portnato, que as forças democráticas se unam para impedir essa ignonímia.
E o menino da porteira era da minha cidade, Andradas-MG. Até foram lá naquele fim de mundo pra gravar algumas cenas. Quando anunciaram o filme eu imaginei que o menino seria o Pedro Malta e o boiadeiro o Marcos Palmeira.
Minha visão é minimalista, entendendo o cinema brasileiro como a extensão das novelas da globo. Raramente surge enredo diferente dos apelativos dramalhões sexuais. Com muita sorte conseguem retratar o País mostrando favelas ou a corrupção da Policia Militar. O que move esses profissionais é acreditar que um dia ganharam o Oscar.
É o terceiro filho de Francisco.
A capacidade intelectual do Brasileiro realmente me impressiona, é evidente como mentes privilegiadas conseguem digerir um filme de tão alto calibre. E nós brasileiros desprovidos de tal capacidade, existente na grande maioria devemos viver no limbo e sermos tachados de desinformados pelo resto da eternidade!
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