TESTEMUNHA AURICULAR DA HISTÓRIA

Desde que lancei a minha candidatura à presidência o telefone não pára de tocar. Ontem eu atendi uns 3 telefonemas: dois foram engano e o outro era de um serviço de telemarketing. Nunca falei tanto ao telefone. Por e-mail chegam perguntas. Muitos querem saber mais detalhes sobre o meu passado. Pois eu digo que eu tenho uma profunda ligação com a história do nosso país. E trouxe umas imagens para comprovar:

Aí estou eu na Descoberta do Brasil. Antes dos portugas chegarem aqui, eu já fazia reportagens especiais tipo “Amaral Neto”. Vim ver a tal da Pororoca e decidi criar uma fazendinha. Me arrependi depois. Aquele papo de "Nesta terra, em se plantando tudo dá" era papo furado. Plantei um pé de Isadora Ribeiro e não vingou. Aí já era tarde e fui ficando. Na imagem, eu sou aquele atrás das palmeiras – a praia estava cheia de índio pelado e achei melhor ficar de fora, já que eu não sou chegado a um Pau-Brasil.

Nessa imagem eu apareço como correspondente durante a Guerra do Paraguai. O Brasil acabou invadindo o vizinho para comprar umas bugigangas em Ciudad Del Leste e achou bacana aproveitar a deixa e declarar guerra. Ferramos com os caras. A vingança veio mais tarde com uma invasão de brinquedos chineses vagabundos e toca-fitas que não funcionam. Na foto eu sou o 14º da esquerda para direita (aquele ali com cara de “Ih, fudeu!”)

Eu também estava na Proclamação da República. Como vocês podem ver na imagem (não deu pra me ver? Ali atrás...de chapéu, caramba!), eu estava gritando a plenos pulmões: “Pára tudo! Vai dar merda!” Ninguém prestou atenção. Deu no que deu.