MONSTROS SAGRADOS FAZEM FILMES HORRÍVEIS
Esse negócio de “monstro sagrado”, para mim, é alegoria de estudante de cinema que não trepa. Monstro, para mim, é a Regina Casé. E sagrado só o meu copo de uísque no final de semana (confesso: meu fígado não é mais aquele). A combinação das duas palavras não tem significado real. Mas existe gente que baba em adoração por qualquer simulação de genialidade.
Gláuber Rocha, diretor símbolo do “Cinema Novo”, é um ótimo exemplo. Ok, ele fez filmes marcantes como “Terra em transe” (fica combinado: você decide se “marcante” é uma virtude ou não) e teve os seus momentos de talento. Mas eu gostaria de saber se dá para continuar sendo monstro sagrado fazendo uma trolha fenomenal como esse filme aí embaixo (assista apenas se o seu “saco” for versão 3.0).
Clique aqui para ver, energúmeno!
É um filme realizado por Gláuber em homenagem ao pintor Di Cavalcanti, que aparece dentro do caixão, com ar primaveril de cadáver. Com o pretexto de comemorar o “aniversário” do diretor, o vídeo no youtube teve alta rotatividade neste ano. Mas foi retirado do site recentemente - deve ser coisa de fã com tpm. A obra gerou polêmica na época. A família do pintor falecido proibiu. Mas o filme ainda é cultuado por ser “transgressor”. Sei.
Tirando a verborragia juvenil e o experimentalismo visual que ficou velho dois segundos depois de realizado, qual é a razão da babação? É uma forma de esconder a vergonha de aceitar que supostos gênios, quando já gozam de fama, se sentem tranqüilos para fazer qualquer merda?
Glauber já morreu. Agora já podemos assumir que o cinema novo produziu apenas dois pares de filmes interessantes e uma geração de cineastas metidos a bestas em busca do close desfocado ideal. Fãs devotos da câmera trêmula: relaxem. Ou então, me dêem uma boa, mas boa mesmo, razão para ver genialidade nisso aí. Senão, não me encham o saco.
PS. - Peço desculpas ao blogueiro que publicou o vídeo. Sei que a idéia era homenagear o cara. Mas a internet é democrática: cada um escolhe o seu cabeludo preferido para homenagear. Ou para espinafrar.
Marcadores: jornalismo boçal
12 Comments:
"Agora já podemos assumir que o cinema novo produziu apenas dois pares de filmes interessantes e uma geração de cineastas metidos a bestas em busca do close desfocado ideal"
Por isso que sou seu fã.
Abraços
Sempre achei Glauber um chato, mas se vc fala isso para esse povinho metido a besta, te olham com olho arregalado e cara de 'ohhhh'
gente chaaaaata
Cara, pra mim cinema tem que ser comercial, fútil, tolo e divertido. Se eu quiser pensar vou escrever meus scripts em PHP! Quando eu vou no cinema quero dar uma boa realxada.
Ah, que saco esse pessoal purista! Pô, tem purista pra tudo! Como vc disse: não passam de um bando de fãs com TPM!
Ah, mais uma coisa: eu DE-TES-TO cinema nacional, ontem, hoje e sempre! Se eu quiser ver cinema nacional é só assistir um capítulo de novela da Grobo!
Pois é. Já conhecia este filme. Havia visto numa exibição manifesto há anos atrás. Acho que a família do Di teve toda a razão de proibir. O Glauber era um tosco, sujeito grosseiro que fazia sucesso entre aqueles esquerdistas igualmente grosseiros. Um horror!!! Uma falta absurda de sensibilidade com a família.
Quem é Glauber Rocha?
Enquanto esses chatos tiverem suas boinas e cachecóis não nos morderão na rua. E enquanto eles estiverem azucrinando só nas salas escuras é fácil tocar-lhes fogo.
Falar o que? Tu é o mosntro sagrado da blogosfera... botou pra quebrar. Abaixo os PIMBA's e simpatizantes.
Pô, Ricardo, monstro sagrado é sacanagem. Tirando uma ou outra espinha na testa, até que sou razoavelmente apresentável...
Eu acho esses filmes metidos a cabeça tudo muito chato. Esse filminho é mesmo uma bosta. Tem moleque que faz mnelhor com uma camera portátil no quintal. É só olhar no youtube!!!
Eu sou do contra e radicalmente contrário e controverso em mim mesmo, enquanto pessoa, entende?
Destesto filme nacional, genericamente falando...Disse isso uma vez ao Anselmo Duarte, ganhador da porra da Palma de Ouro em Cannes. Ele me chutou para fora da casa dele.
Ninguém entende minha sinceridade...
haha, finalmente achei alguém que concorda comigo. Quando fiz Geografia na Unesp estava cercado desse povo pseudo-intelectual. Tudo que era horrível era chamado de Moderno e Genial. Achava tudo uma aporrinhação e ainda me faziam sentir como um primitivo. Mas, você tem razão. São produções estranhas feitas para pessoas estranhas. E pode ter certeza que metade desse povo concorda que é genial para não parecerem primitivos como eu.
Descobri da pior forma que meu saco, não é 3.0, quando apareceu a carinha do Pitnaga, já ´tava com ele lotado.
êêê filmerd....
Sinceramente, o Montro que eu acho máximo é o do Lago Ness.
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