VENDAM AGORA, ANTES QUE NINGUÉM ACEITE MAIS

Eu já disse isso, mas como idéia escrota e espeto de picanha a gente repete sem medo, digo de novo: vamos vender essa porra toda? Olha só a notícia: “Chuva chega antes de verba federal para seca no Piauí”. É isso aí: uma verba de míseros dois milhões de reais ficou moscando na teia da burocracia até ser liberada para ajudar as vitimas da seca naquele estado. Dois milhões é grana que um deputado gasta em gasosa num peido. Tem explicação? Sei lá,talvez “Pois é, teve o escândalo do Renan, depois veio feriado pacas e a gente foi esquecendo...” Levou mais de cinco meses para sair do cofre – pasmem, a grana já existia!

Enfim, não adianta levar o país para a assistência técnica, que o japa não agüenta mais trocar peça. Os portugas também não querem de volta. Aquele papo de “Alugar o Brasil” não rola. Ou a gente vende em uma promoção (“Compre o Brasil e leve, de graça, uma Juliana Paes, uma Amazônia e a bateria da Mangueira!”) ou troca no ferro velho. Topo trocar por uma, sei lá, Polônia. Chamem os chinas, que estão comprando tudo, caceta. Vendam essa joça junto com o Paraguai e a Argentina, aceita passe. O foda vai ser comer cobra e enguia.

Ou podemos vender pro Bill Gates. Ele adora essas coisas que dão pau, fazem “ações ilegais”, esses lances. Seria bacana, eliminaria um monte de bugs na máquina do estado. Pode começar pelo puto que encana com a minha declaração de renda miserável, enquanto os Nagi Nahas da vida abrem champagne Cristal em Mônaco. Vendam tudo na feirinha de artesanato: “Eu sei, moço, é tosco, mas olha só que exótico!”

É isso aí: o Iwapu está no talo, com a seta ultrapassando o “Putésimo”. Só melhoro com Doritos sabor nacho. Alguém vai buscar?