VOCÊ CONHECE AS MICRO-APRESENTADORAS?

A TV brasileira é extremamente ecológica. Há tempos ela se tornou um santuário de espécies que, se não fosse por ela, estariam extintas e esquecidas. Cantores bregas de segunda (e aí, Fábio Júnior, tudo em cima?), ex-modelos e afins. Ela é, também, o paraíso das micro-apresentadoras.

As micro-apresentadoras são aquelas garotas que não têm nenhum talento especial, não dominam nenhuma arte que as diferencie, mas sabem escolher um par de brincos bacanudos. E isso as dá qualificação para comandar um programa em algum canalzinho menos visado. Tipo a Amanda Françozo aí do lado. O seu talento é mostrar o umbigo na TV, o que distrai os espectadores que não percebem a boçalidade de suas entrevistas. Ela vai para a Record, agora. Uau.

O Multishow é especializado nessa espécie. É o caso de Renata Simões, que faz o tipo descolex. Em seu programa, Urbano, a câmera passa a maior parte do tempo voltada para ela. Que faz cara de conteúdo, coloca óculos escuros posudos e diz termos como “insights” e “wishlist”. Very cool, ahn?

A lista é longa e inclui Claudete Troiano (voltou para a Gazeta: uau nº 2!) e metade da MTV. Toda micro-apresentadora “se acha”. Todas acreditam que os espectadores deveriam adorá-las por prestarem tão inestimado serviço. Meninas, aqui vai uma opinião sincera: abram um restaurante e coloquem o nome e o rosto na fachada. Isso basta. Chega de brincar de televisão, que tal?

E para quem quiser saber o que é, realmente, fazer televisão, leiam o discurso de Edward Murrows. Ele foi o cara que peitou um senador americano em plena Guerra Fria e fez um discurso que deveria estar na porta de toda emissora de TV. O discurso é longo, mas leiam pelo menos o final. Ou cliquem aqui para ver uma parte em vídeo (tirado do filme “Boa noite, boa sorte”- está sem legendas. Sorry folks!).

Ok, um post ranzinza. É o frio, eu acho.