NINGUÉM ENTENDE UM CAMELO

Para Camelo, seu disco anterior, “Sou”, é mais “úmido”: “Como o nosso corpo é formado na maior parte por água, a umidade mistura você ao ambiente”. Lindo. Acho que vou tentar usar o mesmo truque para explicar parnasianismo numa prova da FUVEST. “Olavo Bilac é mais úmido”. Não sei se vai colar.
Ele segue: “ ‘Toque dela’ é menos assertivo nos mergulhos estéticos. É mais caminhada, mais arejado, mais de passagem”. Talvez Beethoven pudesse definir a 5ª sinfonia nesses mesmos moldes: “É um lance, tipo assim, mais ventilado, saca?” Aposto como a garotada de chinelo e óculos quadradinhos iria curtir mais música erudita.
Como todo músico que se preze, Camelo tem que dar uma palavra sobre direito autorais: “Se for questionar propriedade, questiono primeiro a da barra de ouro, um elemento químico que existe independentemente de nós.” Os discos de Camelo também existem “independente de nós”: eu não quero ouvi-los, mas ele lança assim mesmo. O universo é cruel.
Tem mais: ele reclama da mania por novidades do público. “Tudo é meio Pokémon, sabe?” Não sei o que é “ser meio Pokémon”. Mas acredito que um professor de filosofia possa me ajudar a entender. Deve ter a ver com existencialismo. Ou positivismo. Uma parada dessas.
Suas letras não fazem muito sentido. Ok, não se pode exigir muito de quem tem Mallu Magalhães como musa inspiradora: “Falar para o seu inconsciente acaba tornando a parada mais universal". Tentei entender algumas de suas letras. Mas o mais universal que achei foram as vírgulas.
"É um jogo de tabuleiro, para a pessoa que está ouvindo tentar achar seus próprios arquétipos - e não buscar a referência na minha pessoa", diz ele. "Isso diminuiria muito o significado da parada toda."
Enfim, Camelo é isso aí: uma “parada” meio complicada de explicar, saca?
Dica de matéria do leitor Rodrigo. Valeu pelo link "pokemon"!
Marcadores: jornalismo boçal
10 Comments:
Walter, quanto tempo...
Se não se lembra sou do Sangue Azul
http://gremista-sangueazul.blogspot.com
Peço que visite este blog, comenta lá e veja se gosta,
http://alanmattiollo.blogspot.com/
ABRAÇO
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nas entrevisatas ele quer ser o caetano. Na música ele quer ser o Chico. Não consegue nem uma coisa nem outra.
Walter muito bom texto, vou te falar que não tive a paciência que vc teve de conseguir ler a entrevista inteira, pq senão ficaria mais assustado ainda, acaba que o mundo andar meio pokemon é fichinha quando comparando a questionar a propriedade da barra de ouro! kkkk
To confuso, eu não sei o que aconteceu, eu não entendi patavinas ou estou ficando burro mesmo?!?!
Essas declarações do Camelo são mais ilógicas que as pinturas de Hieronimus Bosch depois do cara ter comido pão de centeio mofado!
Não entendi ***** nenhuma do que ele quis dizer com isso
até as músicas do Djavan são mais objetivas .... não não, aí já forcei a amizade
Ele está querendo de pagar de um intelectual que nunca foi. Uma vez fui num show dos "LOSER MANOS" e os Filhos da p.. tocaram a tal da ana julia 6 vezes. Saí do show querendo arremessar algo no palco. Agora com estes discos solos toscos, com letras sem nexo e fora da realidade. Também para aguentar aquela menininha sem graça, sem sal nem açucar, só saindo da realidade e viajando mesmo. hauhuauhahuauha
Um camelo faria mais sentido.....
E não demora muito a ser alçado a poeta....se Cazuza foi, por que não ele???
Lucia: aposto como ele daqui a pouco vai lçançar um livro também!!!
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