
Juquinha, eu confesso: quase parei mesmo. Mas aí eu vejo comentários sobre o novo disco do
Ney Matogrosso e um clipe do
Caetano... não sei, bate aquela obrigação cívica de fazer algo. Vamos ver...
O que fez com que Titio Walter (quase) abandonasse esse blog:
-Dinheiro: meu trabalho oficial como jornalista já me dá dinheiro suficiente para comprar vinho decente com regularidade. Mas capitalismo é foda: enquanto não comprar o meu Jaguar eu não sossego. Apareceu trabalho extra bem pago e, na boa, entre digitar por prazer e digitar por dinheiro, adivinha o que escolhi? Ok, podem me chamar de prostituta. Mas aviso: eu devo ficar um horror vestido de minissaia.
-Acessos: Titio Walter tem um espaço cativo como colunista da
Fábrica de Quadrinhos, site com mais de 2 milhões de acessos mensais. E, incrível, uma parte razoável deles topa ler as bobagens que eu escrevo. E, olha, sinceridade? Titio Walter não acredita naquele papo de que
“Não importa o tamanho, mas sim o prazer que proporciona”. Ok, podem me chamar de metido. Mas eu conferi as minhas pregas e elas estão em ordem.
-Projetos: Titio Walter está envolvido em dois projetos que trazem perspectivas mais concretas de dinheiro e reconhecimento. E preciso dedicar tempo a isso. Ok, podem me chamar de egoísta. Esse pecado não está entre os sete capitais, então foda-se.
-Blogosfera (argh!): o mundo dos blogs está ficando um cacete. Egos inflados, uma tara pelas esmolas da monetização, competição panaca digna de consórcio de automóveis e aquele povo que escreve “Amanhã vou pra Ubatuba”, esperando que os leitores babem imaginando as fotos. Ah, vão pro inferno. Blog é como banana de feira: tem às pencas e se compra com moedas. Mais humildade na turma faria bem.
-Prazer: é divertido defender o jeito boçal de blogar. Mas o Ronaldo Ésper curte um prazer que é, digamos, geometricamente oposto ao meu, se é que me entendem... Logo, quem sou eu para discutir o que dá prazer? Sim, tem aqueles recalcados que ficam deixando comentários revoltadinhos (não comem a secretária do diretório acadêmico e dá nisso: ficam putos com o mundo). Eu me divirto um bocado esculachando infelizes desse tipo, mas aí eu penso que seria melhor receitar Gardenal para esses otários e minha consciência dói. Ok, podem me chamar de...ah, vocês decidem como preferem me chamar. Não sendo Patrus Ananias, tá limpo.
Enfim, decidi fazer o seguinte: menos posts, mas a mesma babaquice. Talvez um por semana, ou um a cada nova capa com a
Suzana Vieira na Caras (é uma por quinzena, podem conferir). Mas tem uma condição: vou continuar escrevendo com desleixo, de forma politicamente incorreta. Se parar é porque entregaram o Jaguar.
Agradeço as mensagens de estímulo que venho recebendo. Deve ter um lugar no céu para vocês. Podem crer, deve ser logo ali, ao lado do
Mussum.