DITADURA DO GOSTO É COISA QUE NÃO EXISTE
Ninguém é obrigado a detestar uma coisa apenas porque alguém diz que ela é ruim, certo? Mas e se a gente invertesse as coisas? E se você fosse obrigado a gostar de algo nitidamente medíocre apenas para não ofender o gosto vigente?
Se orgulhar do suposto “bom gosto” que você tem é babaquice. Mas se orgulhar do mau gosto também é de lascar, convenhamos. Pois existe por aí um movimento disseminado em redes sociais que trata o mau gosto como se ele fosse uma bandeira de autenticidade.
É gente que defende o direito de gostar de BBB. Que acha legítimo ouvir funk carioca orgulhosamente sem fone. Que considera “inspirador” a Época estampar Michel Teló na capa como símbolo dos “valores da cultura popular”. É um povo que diz se defender da “ditadura do gosto”.
Crianças, a ditadura do gosto não existe. Você tem o direito de gostar do que quiser: funk carioca, Calcinha Preta, etc, não importa. Você só não tem o direito de esfregar o seu mau gosto na fuça dos outros. É uma lei de decência social.
Por exemplo: tem gente que gosta de comer cocô. Mas, por uma questão de educação, eles curtem o fetiche em casa e não na sua frente, na mesa do restaurante. E se você encontrar um desavisado apreciando um prato de cocô na mesa ao lado é seu dever cívico pedir para o sujeito se retirar.
Inundar o Facebook e o Twitter com notícias sobre a final do BBB, com as últimas novidades do Luan Santana, ou algum Trend Topic sobre o Restart equivale a comer cocô em praça pública. Tenha mau gosto. Mas não se orgulhe dele, ok?
Eu adoro filmes idiotas. Tenho surtos de nostalgia do tecnopop mais deslavado dos anos 80. E também me amarro em Doritos Nacho. Assumo tudo isso numa boa. Mas não imponho meu gosto a ninguém. Não obrigo ninguém a ver “A última despedida de solteiro” ou ouvir “Soft Cell” em casa. Nem sirvo Doritos na ceia de natal. Eu me contenho.
Os maços de cigarro trazem foto de gente com câncer para lembrar o fumante dos riscos que ele corre ao consumir o produto. Pois eu acho que trolhas como o BBB deveriam vir acompanhadas de fotos de pessoas com morte cerebral para avisar os espectadores do risco que correm.
Aliás, ontem teve final de BBB. Ok, você ficou acordado para ver. É direito seu ver a bagaça. E é meu dever avisar que você está com cocô nos dentes. É apenas um gesto educado, saca?
Se orgulhar do suposto “bom gosto” que você tem é babaquice. Mas se orgulhar do mau gosto também é de lascar, convenhamos. Pois existe por aí um movimento disseminado em redes sociais que trata o mau gosto como se ele fosse uma bandeira de autenticidade.
É gente que defende o direito de gostar de BBB. Que acha legítimo ouvir funk carioca orgulhosamente sem fone. Que considera “inspirador” a Época estampar Michel Teló na capa como símbolo dos “valores da cultura popular”. É um povo que diz se defender da “ditadura do gosto”.
Crianças, a ditadura do gosto não existe. Você tem o direito de gostar do que quiser: funk carioca, Calcinha Preta, etc, não importa. Você só não tem o direito de esfregar o seu mau gosto na fuça dos outros. É uma lei de decência social.
Por exemplo: tem gente que gosta de comer cocô. Mas, por uma questão de educação, eles curtem o fetiche em casa e não na sua frente, na mesa do restaurante. E se você encontrar um desavisado apreciando um prato de cocô na mesa ao lado é seu dever cívico pedir para o sujeito se retirar.
Inundar o Facebook e o Twitter com notícias sobre a final do BBB, com as últimas novidades do Luan Santana, ou algum Trend Topic sobre o Restart equivale a comer cocô em praça pública. Tenha mau gosto. Mas não se orgulhe dele, ok?
Eu adoro filmes idiotas. Tenho surtos de nostalgia do tecnopop mais deslavado dos anos 80. E também me amarro em Doritos Nacho. Assumo tudo isso numa boa. Mas não imponho meu gosto a ninguém. Não obrigo ninguém a ver “A última despedida de solteiro” ou ouvir “Soft Cell” em casa. Nem sirvo Doritos na ceia de natal. Eu me contenho.
Os maços de cigarro trazem foto de gente com câncer para lembrar o fumante dos riscos que ele corre ao consumir o produto. Pois eu acho que trolhas como o BBB deveriam vir acompanhadas de fotos de pessoas com morte cerebral para avisar os espectadores do risco que correm.
Aliás, ontem teve final de BBB. Ok, você ficou acordado para ver. É direito seu ver a bagaça. E é meu dever avisar que você está com cocô nos dentes. É apenas um gesto educado, saca?
Marcadores: jornalismo boçal