terça-feira, fevereiro 27, 2007

PEQUENOS GRANDES CRIMINOSOS

Já me perguntaram o que eu acho sobre a questão da maioridade penal. Eu acho o seguinte: a Simony é a maior prova de que criminosos devem ser presos ainda crianças. Ela e seus comparsas passaram anos aterrorizando a população com o Balão Mágico. Por serem menores de idade, ficaram impunes. Simony cresceu e continua no crime, lançando discos horrorosos. E para provar que é daquelas que gostam de andar do lado errado da rua, tratou até de arranjar caso com um assaltante. Chegou até a posar nua na Playboy, como prova de que a sociedade é totalmente conivente.

Sandy e Júnior também são bons exemplos de criminalidade infantil. A polícia devia ter interrompido a carreira de contravenções dos dois logo no começo. Agora eles já são grandes, ninguém os detém. Pior: têm o apoio dos pais, que são criminosos experientes. É preciso agir de forma preventiva: a menininha que dança impunemente na sala hoje pode ser a Kelly Key de amanhã.

Uma boa estratégia seria acabar com os maus exemplos. Existem super criminosos bem sucedidos que fornecem péssimas influências para a criançada, como Xuxa e Angélica. Elas são a prova de que o mundo das cantoras debilóides tem os seus riscos, mas, em geral, é rentável. Os crimes das duas foram amplamente divulgados pela mídia. Imaginem o que não significa para uma menina ver Angélica cantando “Vou de tááááxi, cê saaabe...” sem ir para a cadeia. Isso tem que acabar.

Redução da maioridade penal para crimes contra o sistema auditivo. Já!

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sábado, fevereiro 24, 2007

TURISMO BOÇAL: UM IDIOTA EM GUARUJÁ

Depois de 4 dias torrando no litoral, fugindo do carnaval, decidi me arriscar no jornalismo turístico. Não consegui fugir do balacobaco. E esse texto não tem nada de jornalístico. É, meu pai já falava que eu não sabia fazer nada direito...

A idéia da viagem era fugir do carnaval. Mas descobri que isso é impossível. Durante o feriado, a calhordice da festa te persegue em qualquer lugar. Alguém sempre decide encher a cara e tocar Araketu em alguma esquina. E se tem gente bêbada ouvindo música horrível, só pode ser carnaval. Além disso, não é só nas capitais que as prefeituras investem em desfiles. Até as pequenas cidades do litoral têm as suas “Avenidas do Samba”. Ou seja, você pode ser obrigado a ouvir enredos sobre a ascensão e glória do império babilônico à beira da praia. Um inferno.

Guarujá é uma cidade parecida com várias capitais brasileiras: tem muito morro. A diferença é que nos morros a gente vê mansões, e não favelas, como em outros lugares. Aposto que existem mais traficantes e contrabandistas nessas mansões do que nos barracos do Rio ou São Paulo. A cidade já foi mais badalada, mas ainda é uma das mais concorridas do litoral norte paulista, oferecendo tudo aquilo que um turista espera encontrar em um balneário desse tipo: engarrafamentos, cerveja cara e playboys buzinando em suas pickups.

Na praia, os banhistas praticam frescobol e natação. Já os vendedores locais preferem outro esporte popular da região: “Exploração de turistas” – um maço de cigarro custa 5 pilas na areia. Existem outros esportes divertidos para se praticar. A “caça ao guarda-sol” é um dos mais legais: depois das 11 horas da manhã é mais fácil encontrar uma dançarina de axé virgem do que um guarda-sol dando sopa. É preciso andar por 1 ou 2 horas até achar um. É ótimo para quem quer perder uns 5 litros de suor e morrer desidratado. Se você quiser acelerar o "jogo", pode pagar uma propina básica para um atendente. A vaga surge em poucos minutos. Sim, a vida na praia é mesmo igualzinha a qualquer outro lugar no Brasil.

Outra diversão legal é a “Decoração corporal com protetor solar”. O passatempo é obrigatório para branquelas como eu, que têm a pretensão de ficar mais do que 2 segundos sob um sol de 35 graus à sombra. É necessário fazer um “blend” com produtos de fator 15, 30 e 5.000. E para cobrir cada milímetro de pele gasta-se pelo menos meia hora. Super divertido. O chato é que sempre sobra uma nesga negligenciada de pele, como a ponta do dedo mindinho da mão direita ou o lóbulo da orelha esquerda, por exemplo. E esse pedaço fica 8 horas torrando ao sol sem você perceber – a não ser à noite, quando a vizinhança do hotel acorda com os seus urros de dor.

A água das praias de Guarujá é relativamente limpa. Você não corre o risco de encontrar cocô boiando ou a Cicarrelli transando. Mas pode ser atropelado por um jetski. Cardumes dessas “lambretas aquáticas” infestam as praias da cidade. Você pode alugar um jetski pela módica quantia de 150 reais por meia hora. Tive vontade de experimentar e brincar de Fernando Collor. Mas desisti quando percebi que poderia gostar da brincadeira e passar a cheirar cocaína e forjar empréstimos do Uruguai.

Voltei da viagem bem descansado e satisfeito. E trouxe umas lembranças: uma conta estourada no cartão de crédito e duas queimaduras de 3º grau. Vou tirar uma foto delas e expor em alguma galeria.

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quinta-feira, fevereiro 22, 2007

TREME-TERRA

Dizem que, durante um desfile de escola de samba, quando a bateria passa, o chão chega a tremer. Imaginem quando ISSO aí embaixo entra na avenida. Deve dar uns 3 ou 4 pontos na escala Richter.



Ouvi falar que a direção da Mangueira, escola que teve a infeliz idéia de convidar Preta Gil para ser rainha da bateria, decidiu usá-la como instrumento rítmico. O passo de elefantinho que ela dá serviu como marcação para os outros músicos. Faz sentido.

PS1: É, eu sei, de novo gozando a Preta Gil. Mas teve leitor pedindo, cobrando, etc. Tô virando referência no assunto. Pra mim, ok: gozar a Preta Gil virou dever cívico.

PS2:Renato Sabo, valeu a lembrança. Eu estava esquecendo do assunto...Rodrigo, obrigado pela correção.

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quarta-feira, fevereiro 21, 2007

DEPOIS DO CARNAVAL

Deu para notar, não é? Viajei durante o carnaval. O blog ficou vários dias em padrão “Congresso”: paradão. Nos últimos 2, 3 anos, eu "sobrava" em São Paulo para apreciar a paz fransciscana que domina a capital paulista, transformando a cidade em uma filial do Alasca - 0,001 habitante por quilômetro quadrado. Dessa vez eu segui a massa e viajei. O problema é que um imbecil como eu é um imbecil em qualquer lugar, seja na praia, na montanha ou em Madagascar. E quando o imbecil é jornalista, se mete a fazer matéria. Ninguém pediu, mas eu sou assim mesmo, teimoso e meio estúpido.

Enfim, vou colocar aqui uma matéria de turismo boçal, realizada no litoral norte paulista, onde camarões e turistas descuidados como eu se misturam em uma vermelhidão homogênea. Mas é para daqui a pouco. Preciso me recuperar da ressaca e das queimaduras de 3º grau. Me aguardem.

Ah, sim: por que eu viajei? Para fugir de cenas como essa aí em cima. Carnaval é uma festa do povo. E o povo, quando não faz cagada, mija na porta. Um horror.
ps: A foto é do site Terra.

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sexta-feira, fevereiro 16, 2007

FESTINHA VIP

Depois de modelos bocudas engatando a ré na praia, o vídeo do momento no Youtube (a dica veio do Blog da Santa ) é o que mostra imagens de uma festa regada a cocaína, patrocinada pelo PCC (veja lá embaixo, Juquinha). Mas, expliquem para esse velho jornalista estúpido: por que toda essa onda? Vou ficar escandalizado com o quê? Fora a quantidade colossal de farinha, capaz de assustar até o Fernando Collor, não há nada de novo. Todo mundo sabe que rola umas cafungadas vip, patrocinadas, por aí. Tem gente que só acredita vendo, que sabe que a Scheila Carvalho tem peitos siliconados, mas precisa olhar de perto, botar a mão (que é algo desejável, mas difícil de fazer).

Festas desse tipo existem aos montes em reuniões de artistas, empresários e colunáveis. A diferença está na qualidade da bebida e nas regras de etiqueta da piração. Sai a cerveja, entra o Merlot safra reservada. Aposto que tem socialite vendo as cenas e ficando revoltada: “Coca sem bandeja de prata? Sem mordomo? A que ponto chegamos, meu Deus?”

Enfim, o PCC é competente até no marketing institucional! Empresas que criam fundações para distribuir cesta básica e dentadura estão comendo poeira. Facilite o marofa e a tribo fica alegre, toda satisfeita. É um nível mais radical de “fidelização da clientela”. Deve ter marqueteiro verde de inveja.

Daqui a pouco, as empresas de telefonia vão copiar o modelo, vai por mim. Coca grátis para todo mundo e mais uma necessaire.

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quarta-feira, fevereiro 14, 2007

TEUS PAIS NÃO MANJAM NADA

Tem um comercial de um canal da Globosat rodando direto por aí. É estrelado pelo Marcelo D2. Ele também já foi garoto-propaganda de um festival musical patrocinado por uma empresa de celular. Enfim, tá em todas. O Seu Jorge está com disco novo e vive excursionando pela Europa. O Gilberto Gil é ministro.

Resumindo: lembra aquele papo dos seus pais que diziam que fumar maconha não leva a nada? Pois é, pelo jeito era mentira. Eu sei, sua mãe prefere o Fábio Júnior como modelo. Mas fala pra ela que, ó, não rolou.

Pergunte para quem sabe das coisas:


Só não confunda. Não adianta me dizer: "Pô, é verdade: o Caetano Veloso também é o maior sucesso, né?" O caso dele é outro. É que, na verdade, parece que dar a bunda também dá futuro.

PS - fica a lição: um dia as empresas de cigarro desencanam de colocar tocadores de saxofone nos seus comerciais e encaram a realidade. Vamos ter pichadores e fabricantes de pulseirinha velejando e tomando champagne.

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segunda-feira, fevereiro 12, 2007

UM SAFARI, MAS SEM OS LEÕES

Como todo esse habitual blá-blá-blá (“vou aumentar o policiamento”) não convence mais ninguém, o jeito é encarar a violência de outro jeito. Como? Pelo lado turístico, talvez. As campanhas internacionais da Embratur são de uma miopia atroz. Botar baiana com acarajé e garota de biquíni em pôster não dá mais Ibope. Eu disse em um blog amigo: o lance é fazer do Brasil um point para quem curte safári. Os últimos casos bizarros de violência só comprovam a tese. Tem maluco que paga uma baba para ficar fuça a fuça com leões africanos. O Brasil seria um estágio avançado para gente desse naipe. O máximo que um leão faz é morder a sua jugular. O risco por aqui é ser queimado vivo. Adrenalina pura.

O centro de São Paulo, por exemplo, não é muito diferente de, sei lá, o Congo. Um vacilo e você é descarnado por hordas de trombadinhas. Um passeio na baixada fluminense é mais “divertido” do que abraçar crocodilos. Investir nessa linha daria mais dinheiro do que insistir em todo o resto, como exportação de grãos e jogadores de futebol. Basta dar uma adaptada na paisagem. Floresta a gente (ainda) tem. Para nós, nativos, ficará a tarefa de vestir tanga e usar colares de osso. Vá aprendendo a linguagem adequada: “Vai um suvenir aí, Buana?” E para aumentar o exotismo fake, a gente coloca o Dado Dolabella e a Luana Piovani como Tarzan e Shena, a rainha da selva. Eles não falam nada muito melhor do que uga-uga, cairia bem.

Claro, vai ter gringo desembarcando com armas de caça, louco para capturar um seqüestrador e levar a carcaça para decorar a parede da casa. A polícia local vai acabar agradecendo. Se um gringo morrer durante a caça, vai virar relato na Seleção do Reader´s Digest. Bacana.
É que eu digo sempre: o Brasil tem futuro e tem conserto. O problema é que estão girando o parafuso para o lado errado.

PS – lembrando: e a gente vai sediar o Panamericano. Putz, o atentado em Munique, 1972, vai virar coisa de criança.

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sexta-feira, fevereiro 09, 2007

EM PROL DA INFLUÊNCIA MEDIÚNICA DE ESSÊNCIA NAGÔ

A melhor coisa que o presidente fez no seu primeiro mandato foi nomear Gilberto Gil como ministro da cultura. O novo cargo obrigou Gil a lançar menos discos. Isso significa uma redução considerável de músicas sobre parabólicas e bobagens do tipo. Se algum dia, entre hoje e o ano 2102, Lula decidir compor o seu novo ministério, quero que Gilberto Gil seja mantido.

Eu aceito, no máximo, que ele mude de ministério. Gil daria um ótimo ministro da fazenda. Os ocupantes desse cargo normalmente falam frases que eu nunca entendo. Exatamente como Gil. Quem diz coisas sobre “a essência metafísica da cultura panamericana enquanto concretude de expressão” não vai ter medo de explicar relações cambiais e coisas do tipo. Gilberto Gil para ministro, presidente!

E para você que acha que eu estou exagerando na gozação sobre o linguajar do ministro, assista a esse vídeo:


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quarta-feira, fevereiro 07, 2007

EU ODEIO CELULAR!

Quero voltar no tempo. Sério. Pelo menos até uma época em que não existiam celulares. Cansei deles. Na verdade, estou com horror a celular. Porque ele toca. E alto. E a qualquer hora. Eu estou comendo, ele toca. Eu estou dormindo, ele toca. Chega.

Manja “TRAUMA”, Juquinha? Pois é. Quando ele toca, eu chego a tremer. O coração dispara. Pronto, fui achado. Pode ser coisa boa: grana, um amigo convidando para uma breja, algo assim. Mas pode também ser cobrança, imobiliária, problemas de trabalho, ou aqueles infernais operadores de telemarketing. As pessoas me acham. E eu nem sempre quero ser achado. Seria bom se o celular só permitisse ligações de 30 segundos: “Oi, cheguei”, ou “Feliz natal”. Uma pena. Tem nego que se pendura comigo por 30, 40 minutos. Minha orelha esquenta. Meus nervos derretem. Porra, me esqueçam, eu estava lendo jornal, caceta!

Houve uma época em que a gente podia “estar para ninguém”. Podia pedir para alguém mentir: “O Walter? Ah, sei lá, ele saiu”. Hoje não dá. Eu sei, eu posso desligar o aparelho. Mas o maldito avisa quem ligou. Dá até a chance de deixarem recado. Ok, eu também sei que a vida fica mais fácil com celular. Mas excesso de comodidade sempre traz dores de cabeça. Isolamento e carência tecnológica fazem bem às vezes.

O mundo ficaria melhor sem celular. Imagine viver em um mundo sem ter que ouvir “Pour Elise” no cinema. Ou pior, “Dança da motinha” no banheiro do shopping. Que se danem os torpedos, aquele joguinho de paciência e o novo modelo com 870 gigabytes. Tô fora. Quero um bloco de papel. Bloco de papel não toca às 11 da noite.

E eu nem citei o inferno que é tentar trocar de aparelho ou reclamar da conta com 200 reais a mais. Chega. Vou começar uma campanha terrorista contra o celular. Podem me aguardar. E façam como eu. Destruam o celular. O meu já foi destroçado por uma chave inglesa.

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SIM, FOI DE VERDADE

Teve gente que me escreveu, perguntando se eu estava falando sério sobre essa história de ser entrevistado pela Alltv. Foi sério sim. Fui lá para falar o que sempre falo: uma mistura de bobagens com coisas sérias. Foi divertido. E ninguém me chutou para fora do estúdio. Só por isso já estou feliz.

Vi que tinha leitor do blog no chat do programa. Saber que teve gente com a paciência de assistir a uma entrevista pela Internet me comoveu. Mas...ahn...vocês não tinham nada melhor para fazer?

Mesmo assim, obrigado.

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segunda-feira, fevereiro 05, 2007

PARE DE OUVIR MPB. AGORA!

Uma boa forma de acabar com um parasita é cortar a sua fonte de nutrientes. Sem ninguém para parasitar, ele definha. Faça isso com um tipo feroz de parasita: o artista de MPB.

Por quê? Leia essa matéria publicada no jornal “O Estado de São Paulo” :
Astros da MPB correm atrás de benefícios fiscais para turnês. O texto mostra, com números bem gordos, como tem picareta mamando em incentivos fiscais. Olha que delícia: Ana Carolina, campeã de vendas de cds, e que obviamente passa fome para viver da sua “arte”, requisitou mais de 800 mil reais em incentivos fiscais. Queria apoio para uma turnê. Papou 700 mil. A nossa amiga medonha, Maria Bethânia, pobrezinha, moradora de rua, mendigou 1 milhão para bancar os seus shows. Levou 300 mil.

A lista é grande: Daniela Mercury, Beth Carvalho, etc. É uma festa. O artista quer se promover, mas é o governo que tem que abrir o bolso. Legal. Vale lembrar: o governo paga shows, filmes, etc. Mas a renda vai para produtores, promotores e artistas. Enfim, neguinho ganha grana para ganhar mais grana. Alguém tem que pagar aquelas 370 toalhas brancas no camarote, não é?
Eu sei, você vai dizer que a Lei Rouanet serve para incentivar a cultura. Mas, vem cá: Maria Bethânia precisa de incentivo? Já que o governo não vai fechar a torneira, faça você o que tem que ser feito: cd? Só pirata! Pagar ingresso de 120 paus para um show? Nananina. O show já tá pago. Invada. Sei lá, pule a cerca. Ou melhor: pare de ouvir essas lombrigas de uma vez. Tem disco da Daniela Mercury em casa? Taque fogo. É como combater a dengue: é preciso tomar medidas drásticas.

Um dia alguém vai inventar uma vacina contra esses parasitas. Até lá, tampe os ouvidos e deixe de ouvir essa turma. É um caso de saúde pública.

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ENTREVISTA NA ALLTV

Olha só que coisa: este humilde jornalista boçal será entrevistado ao vivo na Alltv (www.alltv.com.br) no programa BotuPlay, dia 06 de fevereiro, às 21 horas. O tema do programa será "jornalismo na web". Para quem não sabe, a Alltv é uma tv transmitida via Internet que funciona 24 horas.

Se eu não for expulso por falar bobagens, a entrevista promete ser bem legal. Vê se assiste, Juquinha.

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sexta-feira, fevereiro 02, 2007

O BRASIL É UM FILME RUIM.

O Brasil é um dejavu irritante. Um sonho ruim recorrente. Um filme velho, chato e repetido . Um filme de caratê de terceira categoria. Um bang-bang requentado. Fiquei vendo as matérias nos telejornais que mostraram a posse dos novos deputados (eu disse ”novos”, né? Sei...). Como filme, foi uma matinê dos diabos. E sem pipoca. O melhor é tomar um uísque. Foi o que eu fiz. É como rever um filme da Xuxa: a mesma merda de sempre, um enredo imbecil e uma platéia idiota.

Eu tive que tomar uma dose reforçada para agüentar a imagem do Collor sorridente, vitorioso, passeando entre os novos/velhos colegas, recebendo tapinhas nas costas. E teve o Maluf elogiando a nova legislatura, posando de virtuoso. Mais uma dose, por favor. Se eu voltar uns 10, 15 anos no tempo, vou ver os mesmos rostos com sorrisos de sacripantas. Menos rugas, menos pança. Mas são eles, sempre eles.

Não é à toa que o povo aqui curte uma novela, com suas tramas fajutas e seus atores canastrões. A manezada gosta mesmo de repeteco ruim. Se bem que as novidades não trazem alívio. Clodovil é a sensação da vez. Apareceu para dizer que vai fazer o que o povo mandar. Ok, eu sou povo e estou mandando ele voltar pra casa. E aí, obedece ou não?

O pior é que o filme é longo, quatro anos. E eu não posso sair da platéia sem um passaporte ou um tiro na testa. Ok, enche o copo mais uma vez, pode ser?
PS: E aí? Gostaram na nova imagem de abertura do blog? Foi criada pelo Fernando, leitor assíduo que sempre faz comentários hilários. Gente fina, fez na base da amizade. Deve ter um espaço no céu para gente assim...Se quiser conhecer mais do trabalho dele, clique aqui.
Caramba, como eu gostaria de saber desenhar...

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