sexta-feira, outubro 29, 2010

TEM UMA ELEIÇÃO NA MINHA SOPA

Pior do que ter um país com 200 milhões de técnicos de futebol é ver a nação inteira convertida em um exército de analistas políticos. A reclamação panaca mais comum é sobre o “baixo nível das campanhas” e do “jogo sujo”.

Gostaria de saber quando, e em que universo, alguma campanha eleitoral teve “alto nível”. E o que teria, de fato, uma “campanha de alto nível”? Discussões sobre política cambial? É pedir demais para um povo que nem sabe calcular juro composto.

Mesmo que algum candidato apresentasse um plano de governo consistente, não faria diferença. Tiririca e Weslian Roriz tiveram milhões de votos sem apresentar uma proposta concreta sequer. Ninguém vence eleição com idéias e conceitos, Juquinha. Vence o slogan mais grudento. Ponto.

E reclamar de “baixo nível” em campanha eleitoral equivale a se incomodar com nudez em uma orgia. Só para comparar: nos EUA a campanha se alonga por mais de ano. Os candidatos têm a vida revirada do avesso. A imprensa espreme os caras até o osso e não perdoa nem as famílias. Por aqui é diferente: não se pode encurralar os candidatos sob o risco de ser acusado de afrontar a maturidade democrática – outro mito de nossas terras. Democracia madura que se preze não precisa de tantas babás, confere?

Por isso, vote, mas deixe suas paixões pseudo-ideológicas em casa. A experiência diz: quem tem muita certeza de suas convicções políticas ou é burro ou ingênuo. Vai por mim: o ceticismo ainda é o melhor antibiótico.

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quarta-feira, outubro 13, 2010

SE OS CHILENOS PODEM, NÓS TAMBÉM PODEMOS.

Não custa perguntar:


Mandem palpites para a nossa redação.

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terça-feira, outubro 05, 2010

ELEIÇÃO NADA, EU QUERO É MONARQUIA.

“Brasileiro não sabe votar” – Pelé.

Bons tempos aqueles em que vivíamos sob uma monarquia. O povo não tinha a menor chance de participar oficialmente nas decisões dos governantes, não tinha ilusões de “ter algum poder”. Para mudar alguma coisa era necessário partir pra porrada, com direito a guilhotina no final. Mais divertido do que ter eleição de 2 em 2 anos.

Convenhamos, essa ilusão do “poder do voto” deixa o povo meio bunda mole. “Espere até chegarem as eleições!”, dizem alguns. E aí votam no Renan Calheiros, no Maluf, na Marta, gente que já barbarizou antes e não deu certo – juro, não sei se é amnésia, burrice ou masoquismo mesmo. E quando querem “renovar” votam no cunhado, só para descolar uma boca. Não, não funciona.

Votar é chato. Para começar é um “direito” que virou obrigação. Eleição é uma “festa democrática” com péssimos DJs e convidados pavorosos (você iria a uma festa com a Dilma e o Serra como “atrações”?). E a ressaca dura 4 anos. As festas da monarquia são mais legais. Por que não voltarmos a ela? É só pegar as fantasias da Beija-Flor e vestir uma família que tenha todos os dentes da boca (deve ter alguma!).

Nosso regime atual não é muito diferente de uma monarquia: uma nobreza encastelada e uma patuléia agitando bandeirinhas – a diferença é que os plebeus “acham” que escolheram quem manda no país. Já disse uma vez, queridos, quem manda aqui é o PMDB e uma dúzia de empresários alemães. O resto é conversa de grêmio estudantil.

E tem mais: na monarquia não rola propaganda eleitoral, “Ey-ey-Eymael” e aqueles estúpidos comerciais do TSE. Já vejo vantagem.

PS: a frase do Pelé é para provocar. É dose admitir que um pentelho como o Pelé tem razão... E a charge é do Angeli, na Folha De São Paulo. Ah, vocês sabem, né?

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