sábado, maio 19, 2012

NA TERRA DOS TOUROS E DA CRISE

Sobrinhos, titio vai viajar de novo. E, por isso, o blog vai ficar uma semaninha parado. Mas é por uma boa causa: vou para  Espanha a trabalho. E, por tabela, vou analisar o que se passa com o país das touradas, que agora deu para nos imitar e ficar em crise. O bicho está realmente pegando por lá.

Aguardem mais uma demonstração degradante de jornalismo boçal internacional quando eu voltar. Enquanto isso, já sabem: leiam post antigos ou os blogs parceiros.

E tomem muita vitamina C e evitem sair no sereno, porque titio ama vocês e quer que todos cresçam fortes e saudáveis, ok?

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sexta-feira, maio 18, 2012

ALEXANDRE PIRES É RACISTA?

Aposto que você nem se lembrava mais do Alexandre Pires, né? Cantor e atropelador de motoboys nas horas vagas, ele andava esquecido. Mas o cara conseguiu um espacinho na mídia usando o velho recurso do clipe mongo apelativo.

O clipe da música Kong foi taxado de racista por mostrar homens negros vestidos de macacos. Veja por você mesmo (se é que ainda não viu). E controle a contade de quebrar o monitor do seu computador após 30 segundos ouvindo a  música.

O Ministério Público diz estar “apurando”. Como deve ser isso, hein? Os investigadores ficam vendo a bagaça várias vezes para ter certeza? Se for isso mesmo, os caras merecem um aumento. Desde "Os Ttrapalhões" que eu não via alguém tentando ser engraçado com fantasia de gorila. Zorra Total perde

Mas algumas pessoas assistiram ao vídeo e perguntaram “onde está o racismo?” Não sei, não prestei atenção. O que eu gostaria mesmo de perguntar é “onde está a música neste clipe?” Porque, sinceramente...

Na verdade, eu não entendi nada. O que os macacos têm a ver com a coisa toda? E a letra? “Se você quer sentar, senta aqui, meu bem” Senta onde, meu filho? O que tem a ver o Kong com isso? “É no pelo do macaco que o bicho vai pegar” Como assim?

Alexandre se defendeu dizendo que não é racista. Não sei. Mas o melhor é ler os comentários do Youtube. Não tem graça rir de iletrados, mas me espanta um fato: de cada 5 pessoas que defendem o cantor, 3 simplesmente não conseguem escrever “racismo” direito: "rassismo", "racismu", etc. O pagode deve afetar a capacidade gramatical das pessoas, sei lá.

Minha opinião? Alexandre deveria ser processado, sim, Mas não pelo vídeo, e sim pela sua simples existência. 30 anos de cadeia para ele parar de cantar, que tal?

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sexta-feira, maio 11, 2012

A PIOR CANTORA DE PROTESTO DO MUNDO

Fazer música ruim não é pecado. Se um artista é medíocre mas não faz cara de conteúdo (para fingir que sua “obra” tem algo a mais a oferecer do que um par de acordes grudentos), tudo bem. Mas no Brasil é meio diferente. Até mesmo as cantoras escandalosamente ruins insistem em ser algo mais do que cantoras ruins.

Não posso falar mal de Preta Gil que logo aparece alguém que a elogia por “ser autêntica”. Gretchen e Mallu Magalhães também são defendidas por muita gente que descobre nelas um “conteúdo” que eu não vejo – assim como qualquer um com lucidez, diga-se. E agora temos a Valesca Popozuda.

Você já deve ter visto a música “Mama”, não é? Em parceria com Mr. Catra (um conhecido ativista das causas sociais), Valesca fez essa pequena obra que é, tipo assim, um manifesto antropofágico que inclui uma vemente defesa das liberdades individuais em uma era de hipocrisia globalizante. Ou algo assim. Se você não viu, dê um bico.


Eu já tinha ouvido a música. Mas, desculpem, só agora pude ler a reveladora entrevista que a “cantora” deu por aí (nem imaginava que alguém se daria o trabalho de entrevistá-la). Leiam, por favor. Na entrevista, Valesca insiste em dizer que a música traz “uma crítica social”. Coisa louca, não?

Entre outras coisas, ela disse que fez a música, cantada em ritmo de pagode melequento, por “odiar a postura dos grupos de pagode que vêm alienando milhões de brasileiros” – Sim, pagode aliena. Edificante mesmo só o funk, não é, meus queridos?

A ideia teria vindo da namorada de um tal de “Mag” (descrito como “artista”), que teria  algumas “revoltas em relação à sociedade hipócrita e suas marionetes” (hein?). Ela afirma que a música “alfineta a sociedade”. A-ham.

Olha, Valesca, vai me desculpar, mas essa eu não saquei. Tentei ver onde estaria essa “alfinetada”. Talvez neste trecho aí embaixo:
Então mama
Pega no meu grelo e mama
Me chama de piranha na cama
Minha xoxota quer gozar, quero dar, quero te dar

Ou, quem sabe, a crítica estaria neste outro trecho? 

Eu sei que você já é casado, mas me diz o que fazer.
Porque quando a piroca tem dono é que vem a vontade de foder!

Pode crer, Bob Dylan vai vir ao Brasil para aprender a fazer música de protesto com Valesca. Que, por sinal, diz sonhar em fazer parceria com Roberto Carlos. Queria ver o “Rei” cantar uma música sobre pirocas. Seria divertido.

Valesca, que tal agora uma música sobre corrupção, fome e a repressão na Síria? Mas, na boa, na próxima vez seja mais explícita no seu protesto, ok? O manifesto contra a hipocrisia e a sociedade alienada não ficou claro nesta música.

Quer uma dica? Diminua a tintura no cabelo. Sei lá, deve estar atrapalhando.

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terça-feira, maio 08, 2012

PENSAMENTO DO CARRILHO 1

Pequena pílula da sabedoria boçal. Espalhem por aí. Porque esse negócio de compartilhar frase de monges chineses é coisa de boiola. 
 

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sexta-feira, maio 04, 2012

QUER SER FAMOSO? AGUENTA A ONDA!

Tempos mongos estes em que vivemos, torcida brasileira. Chegará o momento em que até piada em porta de banheiro renderá processo e manifesto sociológico. Celebridades estão reclamando do tratamento que recebem da mídia. E estão sendo levados a sério. 

Wagner Moura escreveu reclamando do assédio do Pânico. E Luan Santana está processando um humorista por conta de uma paródia. São desdobramentos do caso Rafinha x Wanessa Camargo. Vai por mim, é só o começo.

O problema é que a patrulha do bom gosto e do “Brasil mais civilizado” está aplaudindo. Quer saber o que eu acho? Vão todos catar coquinho. É simples: quer ser famoso? Aguenta a onda. Não dá para ser famoso esperando que todo mundo passe talquinho no bumbum e beije o chão.

Reclamar de humoristas, processá-los e convocar a sacrossanta justiça para se defender de piada não é só um escândalo de mimimi. É cretinice. Já disse aqui algumas vezes: as celebridades brasileiras querem ser tratadas a bolinho de fubá. Até mesmo as revistas de fofocas tratam os caras com luva de veludo.

Em outros países, a imprensa marrom pega pesado e revela os podres. Aqui a imprensa marrom é, se muito, bege. Não que eu defenda esse trabalho babaca de ficar seguindo celebridade e viver de fuxico. Mas se é para pisar na jaca, que seja pra valer.

Não vejo Pânico. E, sim, acho que muitas vezes eles extrapolam. Sim, a piada do Rafinha é ofensiva. Ok, a paródia do Luan Santana é infame (não mais do que as próprias músicas do cantor). Mas daí a processar e prender a respiração até ficar azul é outra história. Esse povo precisa deixar de ser café com leite.

Nos EUA, humoristas como Leny Bruce, George Carlin e Louis C.K. sempre barbarizaram. Ninguém afundou o país "na barbárie". Tá tudo em paz e os humoristas tiram sarro de todo mundo. Ninguém precisa de babá. Todo mundo é adulto e vacinado. Sociedade desenvolvida tem que aguentar suas idiossincrasias humorísticas. Senão vira jardim da infância.

Prefiro o Chico Buarque, que descobriu que recebe críticas na Internet e riu da coisa. Celebridade é isso. O resto é peso pena. 

-Leiam esses dois posts falando sobre alguns desses casos. Um é do André Barcinski, comentando que as celebridades brasileiras se levam a sério demais. O outro é do André Forastieri, defendendo a ideia de “saiu na chuva é para se molhar”. Vale a pena ler.

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