sexta-feira, setembro 30, 2011

VOU TOSTAR

Juquinha, pausa para um micro período de férias. Vou ficar uma semana sem atualizar esse humilde blog. Meu cérebro esta fritando e a recomendação médica é ficar olhando o mar batendo na praiaé bonito, é bonito.

Não precisa ser bidu para adivinhar o que vai acontecer durante minha ausência: o Rock In Rio vai dar mais vexames, Sandy vai dar mais uma declaração “escandalosa” e o Sarney vai continuar firme e forte, olha só que coisa, não?

Daqui uma semana eu volto. Mais tostado e provavelmente mais boçal. Comportem-se. Porque eu não vou me comportar.

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terça-feira, setembro 27, 2011

OS MORTOS E OS VIVOS DO ROCK IN RIO.

 Este Rock in Rio promete entrar para a história. Não pelas atrações, mas pelos micos. Confira comigo, Juquinha: 

-Abertura: quem foi o jeca que teve a ideia de fazer aquela abertura com texto piegas e locutor de convenção de vendas? Parecia tudo: a entrega do Oscar, ou a premiação da Votorantim. Menos um festival de música. Sua avó deve ter achado lindo. 
-Milton Nascimento: já ficou para história como o pior assassinato musical das últimas décadas. Sem um décimo da  voz de Fred Mercury  e com animação de tiozão em dia de exame no geriatra, Milton soterrou “Love of my life”, do Queen. Colocar Milton para emular o vocalista do Queen equivale a chamar a Mallu Magalhães para imitar Ella Fitzgerald. 
-Claudia Leite: ok, podem chamar cantora de Axé para o festival. Mas deixar a infeliz fazer cover de Chico Science, já é um pouco demais. 
-Entrevistas: se faltava rock no palco, faltava cérebro nas áreas vips. As entrevistas da TV envolviam só gente “entendida” em música, como Ana Maria Braga (falando com a língua enrolada, não sei se por bebida ou por excesso de botox) e Suzana Vieira, que queria ver o Red Hot Chilli “Pop” (SIC). E para abrilhantar, teve a Cristiane Torloni manguaçada. Nem em churrasco “de firma” vi tanta bola fora.  
-Assaltos: em dois dias já se acumulavam  mais de 100 boletins de ocorrência. E a empresa de segurança fazendo cara de paisagem. Lembrando: este é o país que vai sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas, ok? 
-Odor: fãs ficaram incomodados com o inebriante odor dos banheiros. Pior que isso só o show do Ed Motta.

Se algum dos shows prestou? O único que eu gostaria de ver: Mike Patton cantando música italiana com a orquestra de Heliópolis. O resto é pipocão para as massas. Nada contra, mas pagar para tomar pisão e ver Rihanna eu não acho um grande negócio.

Qual é o resumo disso? sei lá. Só sei que se Cauby Peixoto e o Parangolé forem convidados para o próximo Rock In Rio e o PCC for chamado para fazer a segurança eu não vou estranhar. 

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quinta-feira, setembro 22, 2011

PORQUE EU NÃO VOU AO ROCK IN RIO

O povo me pediu para escrever sobre o Rock in Rio. É difícil escrever algo mais engraçado que a união de Milton Nascimento e Ed Motta em um festival com “Rock” no nome. Mas de um evento que se chama “Rock In Rio” e que já foi realizado em LISBOA a gente pode esperar tudo, menos coerência, confere?

Festivais como esse me lembram um rodízio chinfrim de carne, com a diferença de que TODAS as opções são obrigatórias: você vai pra comer picanha, mas é obrigado a engolir beterraba e jiló primeiro. No final, com sorte, vem um fiapo de carne. Ressecado. Só isso reflete, remotamente, a sensação de quem vê Claudia Leite antes de Elton John.

E esse rodízio tem um barman, no mínimo, esquizofrênico. As misturas de convidados prometem dores de cabeça de proporções épicas. Monobloco com Pepeu Gomes? Erasmo Carlos com Arnaldo Antunes? As escolhas foram conscientes mesmo ou foi tudo um lance de “joquempô”? Porque nem vodka barata com benzina daria uma ressaca pior.

O Rock In Rio já promoveu micos históricos, como o show em que Carlinhos Brown foi recepcionado com uma chuva de garrafas de água (vale rever esse momento histórico de justiça musical aqui). Deviam convidá-lo novamente e deixar o público terminar o serviço. Dessa vez com uma bazuca, quem sabe? Aposto como seria o momento mais legal do festival. 

Ah, sim, e estão fazendo campanha para promover  um Rock In Rio "sem drogas". Não boto fé. Na hora em que bater o desespero vai ter gente querendo enrolar o Nx Zero e acender. Pode ser que cause algum efeito.

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terça-feira, setembro 20, 2011

NOSSOS EMPRESÁRIOS SENSÍVEIS – E BUDISTAS

Na semana passada, São Paulo foi palco de uma experiência bizarra: centenas de empresários se reuniram para ouvir uma palestra do Dalai-lama. O título da palestra? Saca só: “Nova consciência nos negócios – valores para um mundo sustentável”. 

 Os empresários tentaram de todo modo arrancar alguma dica "prática" do monge. Queriam saber sobre “competitividade e consumo”. Mas o velhinho insistiu em condenar o egoísmo e valorizar o altruísmo.Mais esdrúxulo que isso só uma convenção do PCC para debater justiça.

Juquinha, aprenda: para 99% dos empresários, sustentabilidade  não é um valor: é uma commoditie. Vale a pena ter apenas porque pega bem. Senão, os pandas que se lascassem.

Acho divertido essas grandes empresas que preservam o Mico Leão Dourado, cuidam de meia dúzia de crianças carentes, mas favelizam seus próprios funcionários. O mico agradece. Mas o Durcicleyton da manutenção deve estar meio puto. Ninguém fica feliz ao receber menos atenção que um maldito macaco cabeludo.

No fundo, os empresários da palestra não queriam mudar o jeito de viver. Queriam apenas a benção de um guru. Podia ser o Dalai-lama, um bispo ou o chefe dos escoteiros. Só precisavam de um descarrego neoliberal para aliviar a alma. Um carimbo na testa atestando“Vi o Dalai-Lama, agora posso voltar a especular na bolsa sossegado”.

Já posso ver Ceos de multinacionais deixando de lado os seus ternos Armani para vestir túnicas e cuidar de bonsais em jardins da periferia. Vai ser lindo. Talvez até role umas fotos para enriquecer o blog da companhia.

Resumo da história? Acredito tanto em empresários conscientes quanto em tubarões vegetarianos.

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sexta-feira, setembro 16, 2011

A EVOLUÇÃO FALHOU.

Tem gente que não gosta da ideia darwinista de partilharmos um ancestral comum com os macacos. Olhando para muitas pessoas que me cercam, acho que ser descendente de algo parecido com o macaco até seria lucro. Basta olhar para Latino, Datena e 90% dos cantores de axé para desconfiar de que descendemos de algo bem pior. Eu apostaria seco nas planárias ou nos moluscos.

Não dá para acreditar que estejamos “evoluindo”. Quer dizer que o homem inventou a roda, o fogo, enfrentou a era do gelo e a peste negra na Idade Média só para usar Crocs e ouvir Luan Santana no celular? Deve ter macaco envergonhado.

Tente entrar em vagão do metrô na estação da Sé (em São Paulo) às 18h para ter uma perspectiva bem diferente da “evolução” do homem. Já vi cabritos mais educados do que esse povo. 

Talvez tenhamos atingido um ápice e agora estejamos regredindo. Talvez o auge tenha sido na Renascença. Ou no lançamento de algum disco do Frank Sinatra. Não sei ao certo. Depois disso não soubemos mais para onde ir. E aí decidimos retroceder. Estamos evoluindo ao contrário, voltando ao estado de amebas. Só que dotados de Ipads.

Não sei se somos descendentes de alguma coisa. Mas se formos, acho que devemos desculpas. Eu odiaria ser o responsável pela espécie que inventou a pochete, o guaraná Dolly e nos deu o Justin Bieber. Alô, invertebrados, qualquer coisa, nos perdoem, ok? Tentem com outra espécie. Quem sabe os golfinhos?

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sexta-feira, setembro 09, 2011

MINHA PRIMEIRA MALLU

Todo mundo tem uma tia velha que adora mostrar fotos e vídeos dos seus filhos. É aquela coroa que registra cada minuto de vida do seu pimpolho para mostrar “que ele esta crescendo”. São toneladas de banalidades: “Aqui tem ele chorando”. “Agora é ele fazendo cocô no penico”. É tudo infernalmente chato e igual (todo moleque faz cocô do mesmo jeito, correto?). Mas ela acha lindo de morrer assim mesmo.

Marcelo Camelo é a tia velha da vez. Ele agora deu para fazer vídeos mostrando as banalidades de Mallu Magalhães. Veja Mallu tomando ônibus ( “Viu como ela é grandinha?”). Veja Mallu costurando (”Olha como ela é prendada”). Enfim, veja que coisa fofa:


Como estamos falando de Camelo, não poderia ser um vídeo qualquer. Tem que ser em P/B, com direito a pianinho desafinado (sério, você notou?) e uma imagem “poética” de uma pomba solta na praça, só para dar aquele ar de “Goddard” que todo vídeo pretensioso precisa ter.

O vídeo comprova que, para Camelo, Mallu não é uma namorada. É, tipo assim, sua “primeira netinha”, ou coisa do tipo. E ele quer mostrar que Mallu esta crescendo. Que já é “mocinha”. Fofo, não?

Ok, mas vamos combinar uma coisa, Camelo? Quando a Mallu aprender a usar o penico, não precisa mostrar, beleza?

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terça-feira, setembro 06, 2011

GISELE, VOLTA PARA A PASSARELA!

Modelo devia modelar. Ponto. Sem essa de virar atriz, cantora, etc. É simples: basta rebolar na passarela, fazer cara de cu e pronto. Mas tem modelo que faz pior. Insiste em “contribuir com a sociedade”. Dá sempre merda.

É o que dá para prever vendo a última empreitada de Gisele Bündchen: ela virou super heroína em desenho animado do Cartoon Network. Ela vai (surpresa, surpresa...) defender o meio ambiente junto com o “Green Team”.

Sentiu um cheiro forte de mico estratosférico no ar, Juquinha? Então veja a chamada abaixo. Tente não vomitar quando ela diz “viva o verde!” Eu não consegui. Meu café da manhã tá todinho no puff de casa.


Defender o planeta dos “maiores vilões”? Tipo assim, não seriam Kadafi, Ricardo Teixeira e o cara que inventou o Nextel? Cuidar de pessoas miseráveis? Nem pensar. Macaquinhos são mais fofos, certo?

Meio ambiente: o melhor detergente de consciências da atualidade.

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sexta-feira, setembro 02, 2011

VOCÊ ESTA "INDIGNADINHO"?

Eu nunca entendi esse lance de convocar congressistas para votarem processo de cassação. Jaqueline Roriz foi “absolvida” pelo congresso, apesar das provas em vídeo. Chamar deputados para julgarem a conduta de outros deputados é como chamar traficante para julgar o Marcola. Não vai dar certo nunca.
Roriz falou o que ninguém quer ouvir: “Eu já fui absolvida pelos meus eleitores”.  Verdade. Teve Mané que votou nela. E que votaria em Maluf e Collor se morasse no estado certo. Jaqueline Roriz é o presente que recebemos por termos um povo songa-monga.
Agora não adianta sair por aí, revoltado, dizendo que “precisamos limpar o Brasil”. Melhor do que convocar a diarista para fazer a limpeza é maneirar na bagunça. Tem um monte de manifestações contra a corrupção armadas para o feriado de 7 de setembro. Pelo jeito, vão ter que colocar um semáforo especial na av. Paulista para controlar o fluxo de passeatas. Isso, claro, se algumas delas vingar de verdade. Se fizer frio aposto como não vinga.
Do outro lado, tem gente indignada com a “insistência” da imprensa em falar de escândalos e do cai-não-cai de ministros. Reclamam que a Imprensa esta “tentando pautar o governo”. Queridos, se a imprensa esta “pautando” o governo é porque alguém esta deixando de fazer o seu trabalho. A tarefa dos jornalistas é essa mesmo: apontar para a barata que apareceu no banquete. Mesmo que isso revolte o anfitrião.
Se eu vou participar das manifestações? Talvez. Pelo menos é melhor do que ver desfile de ambulâncias. Enquanto você decide se esta indignado ou não, leia um texto bacana do jornalista André Barcinski (um dos poucos jornalistas com culhão que restaram) que defende a tese: "Só a bandalheira nos une" 
PS 1: ah, sim, Dilma disse que o uso de algemas na prisão de suspeitos é “um acinte”. O acinte deveria ver ministros em larga escala envolvidos em escândalos, confere?
PS 2: Titio pede desculpas por deixar o blog parado. Se tudo der certo, semana que vem voltamos à programação normal. Tem disco novo do Chico, não tem? Pois é.

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