sexta-feira, junho 30, 2006

O HINO NACIONAL É UM SACO

Um dos momentos mais formais e cretinos de uma copa do mundo é a execução dos hinos nacionais. Todo mundo fica paradinho, fazendo cara de bom moço. Depois todos partem para os chutes nas canelas e palavrões. Mesmo sendo uma bobagem, muita gente aqui no Brasil leva a sério esse momento. Vivem reclamando que os jogadores brasileiros não sabem cantar o hino.

Sinceramente? Eles não deveriam aprender mesmo. O hino brasileiro é de lascar. Acaba com qualquer orgulho nacional. Por exemplo: ”Deitado eternamente em berço esplêndido”. Pois é, é isso aí: somos um país letárgico, encostadão. Eu nem diria deitado. Seria melhor dizer "de quatro eternamente” . É mais honesto. E quem deita em berço é bebê. O hino assume que somos infantis, incapazes de cuidarmos de nós mesmos.

E que tal a frase: “Paz no futuro e glória no passado” ? É uma revelação vergonhosa: nós só temos passado e futuro. O presente nem existe. É um país que vive de lembrança e esperanças. E que glórias do passado são essas? A Guerra no Paraguai? Mas tem mais: “Brasil, um sonho intenso, um raio vívido”. O hino assume a verdade: somos apenas um sonho, nem existimos.

O resto é pura fantasia. Não sei onde o autor viu um “povo heróico”. E esse papo de “Dos filhos deste solo és mãe gentil” é balela. Se o Brasil é a minha mãe então eu sou órfão, pois até agora eu não recebi nenhuma gentileza – mas eu sei que muita gente “mama” nos seios dessa mãe. E já vou avisando: não engulo essa história de “Verás que um filho teu não foge à luta.” Se soltarem um traque eu saio correndo. Não vou morrer por um país desses, sinto muito.

Se eu estivesse na seleção, na hora do hino eu ficava caladinho para não compactuar com essa bobagem de “ouvirundum”.

terça-feira, junho 27, 2006

BRASIL 3X GANA 0 E NHE-NHE-NHEM 10!

Aqui estamos nós de volta para comentar esses joguinhos da seleção. Ficou clara a estratégia do Parreira: apostar no toquinho de bola sem graça e matar o adversário de tédio. Quando o goleiro boceja alguém avança e faz gol. O jogo foi vencido da mesma forma que o Adriano fez o segundo gol: nas coxas. Agora eu entendi esse tal de “quadrado mágico”. No pé deles a bola fica mesmo bem quadrada. Impressionante

A sorte é que a turma de Gana não sabe finalizar direito. Infelizmente também não sabe dar carrinho direito. Tentaram machucar o Émerson e não conseguiram. Foi a única vez que a torcida aplaudiu a seleção. É, amigos do jornalismo boçal (momento Galvão), tá assim a coisa: a torcida torce para alguns jogadores saírem. Porque o Parreira é o verdadeiro fenômeno. Ele tem dois times na mão e prefere colocar o pior em campo. Uma coisa fenomenal. Jogador ruim só sai se for mancando. Ei, só dá para substituir jogador? Substituir técnico não vale?

E o Zagalo? Já prestaram atenção nele? Não importa o que estiver acontecendo em campo, a pose é sempre a mesma. Perna cruzada e cara séria. Embalsamaram o Zagalo e esqueceram de avisar a gente! E começa aqui a campanha: Viagra para a seleção! O time parece velho na cama: chega cheio de vontade, mas depois de 5 minutos tá de língua de fora!

Viagra neles, Parreira!

"Zagalo embalsamado" e " matar o adversário de tédio" foram sugestões de Cláudio Alves e Ricardo Botini, respectivamente. São dois "observadores" atentos e respeitadíssimos pelo jornalismo boçal. Valeu!

DE VOLTA. E CHUTANDO.

O Maluf pensou que eu ia desistir. O Lula também. Ouvi dizer que que o congresso teve gente festejando. Nananina. O blog não parou. É , Juquinha, estamos de volta. Menos trabalho e aquela vontade doida de falar bobagem.

Não tenho palavras para agradecer os comentários afetuosos. Além de leitores fiéis, vejo que tenho amigos. Sou boçal, mas também tenho coração. E ele bateu forte com as mensagens. Obrigado. Mesmo. Leitores assim...não têm preço.

Azar dos picaretas. Estou de volta.

domingo, junho 25, 2006

PAUSA PARA A GRAÇA

Há alguns dias eu fiz uma piada estúpida, como costumam ser quase todas as minhas piadas. Eu havia dito que ninguém podia ter problemas de saúde durante um jogo do Brasil na Copa. Pois é, a piada caiu no meu colo.

Você deve ter notado que o blog ficou largado desde quarta-feira, dia 21. Acontece que no dia 22, dia de Brasil contra Japão, uma pessoa muito querida minha faleceu. Pausa para as piadas, pois esse post realmente não tem graça. Uma parte sábia da minha família se foi. Um jornalista das antigas, experiente, inteligente, de personalidade inconfundível, um batalhador das redações, daquele tipo que não se fabrica mais. Alguém que me apoiou e que foi um dos primeiros a ler as minhas bobagens. Se eu estou aqui escrevendo, em parte se deve a ele, que botou fé. Sim, leitores, um pouco da culpa é dele.

Não vi o jogo e por isso não fiz o meu comentário prometido. Estava ocupado demais engolindo a notícia e tentando apoiar quem precisava. Fingi que os rojões eram uma saudação a ele. Pela história que teve, ele bem que merecia.

Sim, depois dessa pausa o blog continua. Seria um desrespeito não continuar. Continuo envolvido em um trabalho infernal que mal me dá tempo de escrever (só tasco uns posts aqui porque sou viciado nesse troço e porque respeito os leitores fiéis que insistem em ler o que eu escrevo). Continuo em falta com os blogs amigos. Estou sumido dos comentários, das visitas dos e-mails e do orkut. Peço que entendam. Mas a nuvem passa. E o jornalismo boçal continua. É uma praga, logo, não desaparece tão fácil.

Estou de luto, mas estou de volta. Triste, mas de pé.

quarta-feira, junho 21, 2006

FUNHÉÉÉÉ!

Gostaria de saber quem foi o mentecapto que inventou essas malditas cornetas de plástico, item número 1 de qualquer torcedor descontrolado. Sabe do que eu estou falando, não sabe? É aquele troço que emite um som que é uma mistura de espirro de elefante com saxofone fanho e peido de alemão depois de comer chucrute: FUNHÉÉÉÉÉÉ!

Há dias que eu só ouço isso. 10 da noite e alguém insiste na rua: Funhéééé!

O pior é que esse troço é obrigatório em qualquer copa. Vicia. Eu mesmo cai na besteira de comprar uma. Durante os jogos eu toco essa trolha na janela, fico zurrando feito uma mula no cio.

Isso confirma a minha teoria: somos mesmo um país de corneteiros. Só fazemos barulho. Aí, na hora do “vamos ver”, aparece um enjôo, uma bolha no pé...

Funhéééé!

domingo, junho 18, 2006

BRASIL 2 x AUSTRÁLIA 0 E PACIÊNCIA - 10

Amantes do jornalismo boçal: agora vocês têm uma boa opção contra aqueles comentários manjados do Galvão após os jogos da seleção. A partir de agora (se Deus quiser e a torcida ajudar), logo depois de cada jogo do Brasil, a Agência Walter Carrilho de Notícias coloca um post quentinho comentando a partida. Uma exclusividade: futebol comentado por alguém que não manja picas do negócio!

E que tal o jogo deste domingo? A Copa de 2006 estréia uma nova modalidade de partida: 3 times em campo. No primeiro tempo tivemos Austrália x Suriname. Ou Honduras. Ou Albânia. Escolha um time de merda qualquer. O Brasil só foi entrar em campo no segundo tempo.

O estranho é que eu pensei que o Brasil ia jogar contra um time de árbitros: a Austrália entrou toda de preto. Demorou para eu me tocar. E o Ronaldo provou ser mesmo um fenômeno. Foi aplaudidíssimo. pelo menos quando saiu do campo. Ele deveria estar no time da Austrália, pois parece um canguru: tem uma bolsa cheia na barriga.

A seleção está ficando cada vez mais parecida com o Lula: ganha a maior grana para não fazer nada. E a popularidade deles é parecida. O presidente ganha votos na base da esmola, dando cesta básica e aumentos de 30 reais. A seleção segue o mesmo raciocínio subdesenvolvido, jogando para descolar 1 ou 2 golzinhos por vez.

Conselho: aumente o estoque de cerveja para os próximos jogos, pois só com manguaça dá para suportar esse jogunhos.

sexta-feira, junho 16, 2006

GUIA IMBECIL DE ETIQUETA NA COPA

Ok, o nosso país pode ser uma zona. Mas vamos manter as aparências. Durante o primeiro jogo do Brasil na copa eu vi algumas cenas deploráveis, como torcedor misturando Skol com suco de laranja, por exemplo. Não dá. É preciso ter um mínimo de etiqueta. Para ajudar a torcida canarinho nas próximas partidas, aqui vai um guia prático de etiqueta na copa:
O que beber: futebol é sinônimo de cerveja. E só. Nada de oferecer bebida chique para os amigos. Servir uísque é provocação, afinal, uísque é coisa de inglês. Vinho também está fora de cogitação: é para francês e alemão. Seja patriótico.
O que comer: a comida deve ser simples. Batata frita, coxinha e olhe lá. Churrasco pode ser um prato típico nacional, mas não é uma boa pedida. Não aconselho servir nada que precise de garfo e faca. Unir facas e torcedores bêbados é atentar contra o bom senso.
Música: quer entreter os amigos com música? Apele para o mau gosto. Musica na copa é axé ou pagodão de quinta categoria. Um evento que inspira coisas como "A copa do mundo é nossa, com brasileiro não há quem possa" exige coisa brega. Deixe o Debussy para outro dia.
Fique na moda: ninguém em sã consciência se veste de amarelo-ovo com verde-papagaio. Mas durante a copa isso é bacana pacas. É a moda, fazer o quê? Deixe a bolsa de grife e o terno francês no armário. Roupa de jogo é essencialmente cafona: bermuda, chinelo e aquele chapelão ridículo com pompom na ponta. Gravata, só se for na testa. E salto alto só o Ronaldo usa nessas horas.
Uniformes da seleção: apenas seres humanos devem estar uniformizados. Não obrigue animais de estimação a vestirem camiseta da seleção. Cães da raça poodle ou pastores alemães podem ficar incomodados.
Palavrões: deixe a educação na gaveta. Juiz é, na melhor das hipóteses, ladrão. O ideal é chamar de Filho da P*** mesmo. Até quando ele age corretamente. Chamar juiz apenas de "incompetente" pega mal.
Cuide da saúde: é terminantemente proibido ter infartos ou outros ataques do tipo durante os jogos. Ninguém vai largar a festa para levar você ao hospital. E mesmo que alguém se ofereça, eu não me arriscaria a ser atendido por um médico com um olho no bisturi e o outro na tv. Você dá entrada com traumatismo craniano e acaba ganhando uma operação de apendicite.

Ah, sim: se o Brasil ganhar a copa, todas as regras da civilização são abolidas

terça-feira, junho 13, 2006

A BOÇALIDADE COMO ALTERNATIVA AOS JOGOS DO BRASIL

Apesar de não manjar necas de futebol, durante os jogos da seleção eu pretendo seguir a tradição e agir como um autêntico brasileiro. Ou seja, eu vou encher o crânio de cerveja, além de passar a maior parte do tempo xingando o juiz e reclamando da zaga (sem nem saber bem o que isso significa). Mas, de repente, o espírito Zagalo pode baixar na seleção, transformando todas as partidas em um nhe-nhe-nhém de bola pingada insuportável. Ou talvez o seu organismo não agüente a tensão acumulada em jogos decisivos.

Não se preocupe. Pensei em uma alternativa bocal para garantir a sua diversão ou te ajudar a aliviar a tensão durante as partidas do Brasil: Vingue-se. Funciona assim:

O pessoal de telemarketing vive ligando nas horas mais inconvenientes, não é mesmo? Pois agora chegou a sua hora. Ligue para as operadoras de telefone, cartão de crédito e para todos aqueles malas que insistem em vender pacotes de revistas de culinária. Afinal, mesmo quem estiver trabalhando vai ter, no mínimo, um rádio por perto. Não deixe esses pentelhos acompanharem o jogo. Faça perguntas, questione os preços. É uma boa forma de aliviar a tensão – e de deixar alguém próximo do colapso nervoso.

Aproveite o embalo e ligue para aquele amigo que adora te ligar às 3 da manhã, bêbado, para reclamar da vida. Ligue para ele e peça ajuda em alguma questão amorosa – invente, pombas! Se ele desligar na sua cara, não desanime. Faça uma visita pessoal. Certifique-se de que ele não tem porte de arma, claro.

Os jogos do Brasil são ótimos para você tentar bater um papo com a síndica cretina do prédio, para pedir explicações sobre as promoções da lanchonete ou coisas do tipo. Todo mundo é ágil e descuidado nessas horas. Quer pedir grana para o seu pai? Esse é o momento.

Se você sobreviver...volte aqui que em breve eu dou mais dicas úteis como essas.
PS: por incrível que pareça eu continuo com trabalho saindo pelo ladrão. Durante a copa!!! Isso prejudica o meu humor e atrapalha os meus passeios pela blogosfera. Se você ler que um torcedor explodiu um rojão na cara de alguém, não duvide: pode ser eu entrando em parafuso. Volto ao padrão normal em breve. Espero...

sexta-feira, junho 09, 2006

10 RAZÕES PARA AMAR/ODIAR A COPA

Eu devo ser uma das pessoas que menos entendem de futebol nesse país. É uma vergonha. Sou incapaz de reconhecer um impedimento. Mas, apesar de eu não saber bem o que faz todo mundo vibrar com um bando de marmanjos correndo de perna de fora (eu hein, santa?), eu sempre me rendo ao clima de ”Papa essa, Brasil!”. Não tem jeito. Eu torço, me esgoelo e berro na janela (coisa mais ridícula, não?). E nessa copa eu estou mais animado do que nunca. Veja o porquê:

-Paz: durante os jogos é possível ver um corintiano abraçando um palmeirense após um gol da seleção. Ok, depois da copa eles voltam a se matar, mas por alguns dias eles sossegam. Ah, e você, malandrão, pode abraçar sem medo aquela peituda do escritório que mal sabe que você existe. É a seleção, sabe como é, né?

-Especialista: não é difícil virar um falso especialista em futebol durante a copa. Mesmo eu que sou uma anta no assunto me dou bem com aqueles clichês do tipo “Eles precisam mudar o esquema tático” ou “Pô, cadê as jogadas pela ponta direita???”Afinal, tá todo mundo bêbado mesmo, ninguém liga.

-Mesa redonda: eu já acho sensacionais aqueles programas que discutem cada jogada da última partida do XV de Piracicaba. Agora teremos discussões interessantíssimas sobre a atuação da Costa Rica. É a mesma merda, mas com pedigree internacional.

-Vagabundagem: brasileiro já é vagabundo todos os dias.Mas na copa a gente recebe autorização oficial. Você pode vegetar diante da TV que ninguém vai achar errado.

-Músicas: como somos um “povo musical”, nós gostamos de exibir o nosso talento durante a copa. É quando surgem clássicos ma-ra-vi-lho-sos como “Voa canarinho, vooooooa!”

-Comentaristas: Eu a-m-o o Galvão Bueno de paixão. E na copa ele vira estrela. Só dá ele na tv. Uh tererê!

-Jornalismo: a cobertura jornalística fica mais agradável. Ao invés de políticos falando besteira temos jogadores falando besteira. Bom, pelo menos os jogadores são mais divertidos. Eu adoro depoimentos como esse “O time está unido, são onze contra onze e se Deus quiser e a torcida ajudar nós vamos conseguir a classificação!”

-Amor: todo mundo passa o ano inteiro falando mal do país. Mas na copa todos se vestem de verde amarelo, berram e dizem ter orgulho de ser brasileiro. Brasileiro é assim mesmo: basta dar uma bandeirinha que nós ficamos felizes.

-Políticos: Eu tenho certeza ABSOLUTA que, se o Brasil ganhar, nenhum político vai se aproveitar da situação. O Lula NÃO vai fazer um discurso que começa com a frase “Nunca na história desse país...”

-Sonho: durante alguns dias vivemos no país dos nossos sonhos. Somos os maiorais, tudo é festa, alegria e bebedeira. Mas depois dá uma ressaca...

E não perca: durante a copa, você vai ver a cobertura mais idiota e boçal do mundo. Exclusividade da Agência Walter Carrilho de Jornalismo. A copa como você nunca viu antes! Só aqui, nesse blog que, além de pisar na bola, só faz gol contra!

quinta-feira, junho 08, 2006

UMA BUNDA VALE MAIS DO QUE MIL PALAVRAS

Se você anda encantado com o talento da nossa seleção, respire fundo e olhe a foto abaixo com cuidado. E me diga: é ou não é a foto mais escrota da semana? Qual seria a legenda da foto? Você tem alguma idéia? Diz aí no espaço para comentários.

Eu já pensei em algo: “Ronaldinho, onde é que o Parreira mandou você enfiar a bola mesmo?”


A dica foi do leitor Paolo Cezar (valeu!). A foto é da EFE e foi publicada pela Uol.

quarta-feira, junho 07, 2006

OS BÁRBAROS ESTÃO DENTRO OU FORA?

Quebra-quebra na câmara dos deputados em Brasília? Tava demorando... Aposto como vocês, queridos, antenados e emputecidos leitores, até deram um risinho quando viram as cenas. Ahn? Ah, sim, eu dei uma risadinha, sim. Não, minha senhora, não estou valorizando a violência. E, sim, minha senhora, eu sei que a manifestação não tem nada a ver com a sua, a minha, enfim, a nossa indignação contra o lamaçal. Mas é uma regra básica da física: experimente apertar um saco de açúcar. Uma hora estoura, nem sempre da forma e no lugar onde você esperava.

Pela primeira vez em anos eu vi os deputados com o fiofó pulsando apertadinho. Eles vivem há anos em uma bolha que os protege da realidade. Em casos como esses, quando a realidade decide entrar na sala de estar, é sempre dessa forma: sem avisos e com violência. Da próxima vez, deputados, experimentem colocar o focinho para fora da toca de vez em quando, certo? Diminui a pressão acumulada, manja?

Só não sei quem é mais perigoso: um manifestante ou um deputado. Um porrete não é nada contra uma caneta Montblanc mal intencionada. O engraçado é que, enquanto estavam ilhados, os deputados passaram a proferir aqueles discursinhos rasteiros falando em democracia, ordem e decência. Engraçado mesmo, porque essas coisas eles só conhecem em visitas ao zoológico.

O chato é que os únicos que ficaram machucados foram seguranças e manifestantes. Os verdadeiros bárbaros estavam sentadinhos em suas poltronas estofadas. E a reforma do local vai ser paga com o nosso dinheirinho suado. Mas pelo menos a turminha teve que se esforçar para lembrar que existe esse paisinho desgraçado fora dos gabinetes refrigerados.

Ok, minha senhora, eu digo o que a senhora quer: ó gente, eu não sou a favor da violência, viu? Sim, eu sou a favor da democracia pacífica, ordenada e funcional. E quando eu encontrar uma com essas características prometo defendê-la com unhas e dentes. Ouvi falar que tem uma assim lá na Suécia. Será que é verdade?

segunda-feira, junho 05, 2006

MATERIA FECAL É COISA DE COROINHA

Que tal a história dos envelopes cheio de bosta enviados para a câmara dos deputados em Brasília? Os jornais chamam de “matéria fecal”. Mas matéria fecal é termo de médico metrossexual. Aqui é merda, bosta ou, na pior das hipóteses, cocô mesmo! 9 deputados receberam envelopes cheios de cocô. 3 deles estão envolvidos no escândalo do mensalão. Seria um protesto?

Olha, não vejo razão para o pessoal ficar irritadinho com isso, não. Deve ser eleitor devolvendo a Brasília o que as “vossas excelências” têm feito ao longo dos últimos meses: um monte de merda. O que eles queriam? Rosas? Champagne?

O que eu acho disso tudo? Uma tremenda sacanagem! Bosta não é surpresa no mar de lama. Quem mandou os envelopes poderia ter pensado em algo mais contundente. Ei, que tal antrax da próxima vez??? Ah, e porque eu coloquei uma foto do Felipe Dylon na matéria? Ué, a gente não está falando sobre merda? Então...

Veja a notícia aqui: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0206200629.htm

sábado, junho 03, 2006

LULA POP!

Que o Lula é uma figura popular eu já sabia. O que eu não sabia é que ele também é pop. Durante aparição oficial em obra de gasoduto, Lula apareceu com um figurino super new wave (leitores com menos de 25 anos de idade: me desculpem pelo termo jurássico). Além de ser salvador da pátria, líder universal e “o-homem-mais-ético-do-país” (isso é o que ele fala, não tenho nada a ver com isso...) ele também virou integrante do Devo, velha banda que animava as matinês dos anos 80 (sim, tenho mais de 30 anos, e daí? Vai encarar?). Veja como ele ficou lindão:

Super fashion, não? Isso prova a minha tese: como presidente, Lula é um ótimo músico. Aí você me pergunta: “E como músico, como ele é?” Ah, como músico deve ser uma bela merda...

A foto do lula é da "Folha Imagens". A do Devo é do Devo Fanclub

sexta-feira, junho 02, 2006

UM NOVO X-MEN

Eu deveria receber uma grana dos produtores do filme X-Men 3. Wolverine e companhia são personagens de ficção. Eu sou um mutante de verdade. É sério. Descobri que tenho poderes super especiais que fazem de mim um super-herói. Eles são fruto de uma mutação genética ocorrida na infância (quem mandou comer todo aquele mandiopã com Sukita?). Conheça os poderes do Super Walter (Alô Hollywood! Aguardo aquele telefonema!):

-Resistência: meu estômago atômico é capaz de digerir quantidades industriais de coxinha e Doritos sabor Nacho. E tudo isso sem grandes alterações da taxa de colesterol.

-Sensibilidade a picaretagem: sei quando tem um cantor da Nova MPB lançando disco cabeça com referências à cultura maia. Ou quando um poeta neo-pós-talmúdico está para fazer um sarau. Um mês antes da Xuxa lançar o seu filme anual a minha pele empipoca toda.

-Magnetismo: sou um imã humano. Mas ao invés de atrair metais, eu atraio chatos. Se eu estou em uma rua super movimentada e existe um mendigo na esquina, é batata: ele me escolhe. Gente vendendo rifa, pedindo doação para o lar dos beduínos míopes ou aquele cara que adora contar piada sem graça em festa? Não tem erro: vem todos atrás de mim!

-Coordenação: tem quem diga que é impossível mijar e assobiar ao mesmo tempo. Não para mim. Eu consigo. Claro, molho o banheiro inteiro. Mas isso é um detalhe besta.

-Super memória: tenho uma capacidade espantosa de lembrar informações completamente inúteis, como o nome de um coadjuvante caolho de um velho filme do 007. Essa habilidade impede que o meu cérebro funcione adequadamente em funções muito mais nobres, como lembrar o 5º item da minha lista mental de compras do supermercado (céus! Era creolina ou pão integral???).

Bom, mas como todo super-herói, eu tenho uma fraqueza: discos do Fagner. Basta tocar um que eu desmaio. É a minha Kryptonita. Ninguém é perfeito.

Enfim, é isso. Se o mundo estiver em perigo, NÃO ME CHAMEM! Tenho mais o que fazer, cazzo!