quarta-feira, agosto 18, 2010

DANE-SE, EU MEREÇO.

Sobrinhos, titio Walter vai fazer uma coisa antiquada, fora de moda e quase imoral: tirar 15 dias de férias. Vou atravessar o Atlântico em uma viagem que tem como objetivo observar a vida em um país que teve Idade Média.

Volto logo, apesar de gostar da idéia de ficar longe desses assuntos pequenos que nos atormentam diariamente nesse Brasil esquecido por Deus: Geyse Arruda, o filho da Galisteu e, sim, claro, as Eleições. Como não sou o marido da Sandy, que faz uma pausa no rala-e-rola pós-nupcial para escrever na Net, vou deixar o blog hibernando nessa quinzena sabática.

Enquanto isso, leiam posts antigos, diminuam o consumo de comidas gordurosas, façam exercícios e usem camisinha.
Titio ama vocês, mas precisa vadiar um pouco.
PS: não ativei os comentários deste post. Não é nada pessoal, mas entre ficar gerenciando essa bagaça e encher a cara de birita, adivinha o que eu escolho?

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quarta-feira, agosto 11, 2010

PARA QUEM QUER VER A CLEO PIRES NA PLAYBOY

Com a Playboy da Cleo Pires nas bancas já começaram os comentários recalcados: alguns homens a chamam de “Fábio Júnior com peitinhos”. E tem mulher que reclama: “Quero ver ela ter esse corpo com três filhos nas costas”. Pois é, "Playboy" é como "Casa Claúdia": serve para a gente reclamar da grama verde do vizinho.

E, para piorar, já estão discutindo o requinte das fotos e a “classe” da garota. Eleger elegância e classe como virtudes em nudez é desrespeitar aquela molecada que se excita até com comercial de absorvente. Quem gosta de classe em foto é a Rainha da Inglaterra. Os marmanjos são mais simples: querem ver “aquilo” em close e pouco importa o currículo da modelo. Basta ver o sucesso das Playboys de BBBs: são vulgares e a molecada nem se importa.

Insistir em dar tom artístico a fotos de nudez é como colocar metáfora em roteiro de filme pornô: o mais fácil é colocar um encanador dizendo “É aqui que pediram um cano bem grande?” Não tentem maquiar o erotismo: no escuro dos quartos, o que dá tesão está longe das escolas de arte e etiqueta.

Tenho pena do fotógrafo, que tenta conferir um ar autoral ao trabalho. Deve ser uma profissão frustrante: você está lá, pensando na luz, no ângulo inusitado e em todas as referências chupadas de Cartier Bresson. E o povo ainda reclama que não dá para ver direito a prexeca da guria. Triste.

De resto, sobra a discussão sobre a beleza de Cleo. Tem quem diga que, se não fosse famosa, ela não faria mais sucesso do que aquela balconista da papelaria. Ok, apesar disso, a revista está vendendo horrores. Não sei, a mistura de Fábio Júnior com Glória Pires deu em algo exótico – céus, como seria a mistura de Tony Ramos com Perla? Lembrem-se: é apenas nudez, meus queridos. Não é uma tese de doutorado.

E se você está doido para criticar as fotos (ou aumentar as espinhas do rosto) aqui está o link que você procura.

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sexta-feira, agosto 06, 2010

O FRIO NOS DEIXA MAIS IDIOTAS?

Os nativos estão inquietos. Nevou lá nas terras do sul. Tem gente animada, achando que a civilização finalmente chegou por aqui. Como se sabe, a neve é o primeiro pré-requisito para um país ser desenvolvido. Renda per capita deve ser algo irrelevante, vai saber.

O povo que comemora a chegada da neve mostra aquele provincianismo babão que nos é peculiar. Mas não estamos sozinhos, os gringos que vêm para cá também não deixam por menos. Basta ver aqueles alemães branquelos que tiram fotos de baianas de acarajé e de mendigos. “Olha, Hans, eles usam chinelos!”

O pessoal do sul sempre achou que vivia numa espécie de Europa brasileira. Afinal, eles têm casas com telhadinho inclinado. Só que para o sul virar uma Europa faltam experiências realmente transformadoras, como “Invasão pelos Mouros” e “Napoleão”. E precisam trocar a Adriana Calcanhoto por um novo Shakespeare. Neve é adereço, tapuias.

Mas não são apenas os sulistas que se animam com o frio. Paulistas também ficam insuportáveis no inverno. Desfilam com seus cachecóis, casaquinhos mofados e cara de cu, achando quem estão em Nova Iorque. Pior: misturam as estações. Para todo lugar que eu olho tem uma garota metida a fashion com aqueles ridículos óculos escuros gigantes – em dia nublado! No dicionário ilustrado elas devem acompanhar o verbete “frescura”.

Somos assim mesmo, nos orgulhamos de coisas inúteis, como títulos de copa, tamanho de nossos rios, etc. E agora neve. Só me acordem quando a renda per capita for de 30 mil dólares, pode ser?

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