
Com a Playboy da
Cleo Pires nas bancas já começaram os comentários recalcados: alguns homens a chamam de
“Fábio Júnior com peitinhos”. E tem mulher que reclama:
“Quero ver ela ter esse corpo com três filhos nas costas”. Pois é, "Playboy" é como "Casa Claúdia": serve para a gente reclamar da grama verde do vizinho.
E, para piorar, já estão discutindo o requinte das fotos e a “classe” da garota. Eleger elegância e classe como virtudes em nudez é desrespeitar aquela molecada que se excita até com comercial de absorvente. Quem gosta de classe em foto é a
Rainha da Inglaterra. Os marmanjos são mais simples: querem ver “aquilo” em close e pouco importa o currículo da modelo. Basta ver o sucesso das Playboys de
BBBs: são vulgares e a molecada nem se importa.
Insistir em dar tom artístico a fotos de nudez é como colocar metáfora em roteiro de filme pornô: o mais fácil é colocar um encanador dizendo
“É aqui que pediram um cano bem grande?” Não tentem maquiar o erotismo: no escuro dos quartos, o que dá tesão está longe das escolas de arte e etiqueta.
Tenho pena do fotógrafo, que tenta conferir um ar autoral ao trabalho. Deve ser uma profissão frustrante: você está lá, pensando na luz, no ângulo inusitado e em todas as referências chupadas de
Cartier Bresson. E o povo ainda reclama que não dá para ver direito a prexeca da guria. Triste.
De resto, sobra a discussão sobre a beleza de Cleo. Tem quem diga que, se não fosse famosa, ela não faria mais sucesso do que aquela balconista da papelaria. Ok, apesar disso, a revista está vendendo horrores. Não sei, a mistura de
Fábio Júnior com
Glória Pires deu em algo exótico – céus, como seria a mistura de
Tony Ramos com
Perla? Lembrem-se: é apenas nudez, meus queridos. Não é uma tese de doutorado.
E se você está doido para criticar as fotos (ou aumentar as espinhas do rosto) aqui está o link que você procura.