
O livro “O Símbolo Perdido”, de
Dan Brown tem vendido horrores. O que muita gente não sabe é que o autor de sucessos como
“O Código DaVinci” já está produzindo um novo best seller:
“O Código Djavan”. Na história, o pesquisador
Robert Langdon vem ao Brasil descobrir quem matou a MPB. E todas as pistas estão espalhadas em músicas do
Djavan. A história promete. O herói do livro é um sujeito que está acostumado a decifrar códigos matemáticos, charadas, etc. Mas ele sua frio diante de letras como
“Pétala”:
“Asa do meu destino
Clareza do tino
Pétala
De estrela caindo
Bem devagar”A trama leva Robert a uma conspiração engendrada pela sociedade secreta
“Odara ou desce”, liderada por
Caetano Veloso. Formada por pessoas como
Lenine e Max de Castro, a sociedade tem o costume de assassinar músicas indefesas com aliterações e metáforas metidas a besta. Com o objetivo de espalhar o caos e letras sem sentido, a sociedade teria se inspirado em Djavan para criar um gênero musical em que a pretensão e o uso aleatório de palavras supostamente exóticas têm mais valor do que a poesia honesta. Eles teriam assassinado
Vinicius de Moraes com uma dose de uísque envenenado.
Caçado por críticos baba-ovos, fãs ensandecidos e o fantasma de
Wally Salomão, Robert tem apenas 24 horas para decifrar o enigma antes que
Gilberto Gil lance um novo disco e dê início a mais uma geração de cantoras-revelação e cópias pioradas do
Otto. A aventura o leva a enfrentar desafios terríveis, como uma entrevista com
Amaury Jr e uma luta homem-a-homem com o guarda-costas de Caetano, a terrível
“Paulinha”. Robert conta com a ajuda de
Maria Carolina. Surge a possibilidade de um romance, mas o personagem se frustra ao saber que a cantora está mais para
Zélia Duncan do que para
Elis Regina. Depois de escapar de resenhas de vinhos feitas por
Ed Motta e dos gritos de
Edson Cordeiro, o pesquisador conclui que, bem, é isso aí mesmo,
“Açaí, guardiã/ zum de besouro/ um imã.”Vai ser um sucesso. Ou não.