LEI CONTRA CANTOR DE BARZINHO
Essa onda de ser politicamente correto me dá nos cornos. Em São Paulo não se pode mais fumar em bares e restaurantes. Imagine, daqui a pouco vão proibir as pessoas de trepar em banheiro de boate e tirar catota do nariz no trânsito. Sacanagem.Já que estão preocupados com a minha saúde, que tal proibir também os cantores de barzinho? Isso sim me faz mal. Prefiro mil vezes umas baforadas de charuto nas fuças do que uma versão mal dedilhada de Ana Carolina. Obrigar todos a ouvir um “É isso aííííí...” durante o jantar já é ruim. Cobrar por isso, então, é pura crueldade.
Eu sei, deve ser duro o cara expressar toda a sua sensibilidade ao microfone para um povo que come pizza com calabresa sem dar atenção. Mas então o cretino me toca uma música do Ivan Lins. Aí eu geralmente deixo de ter dó. Passo a torcer para que o infeliz tenha um ataque do coração e me deixe em paz.
O problema é que música ruim e comida não combinam, a não ser em restaurante de alta culinária francesa, onde passar fome é chique. Eu sei, temos que dar espaço aos novos artistas, mas imagine onde essa idéia poderia nos levar: saraus de poetas neo-concretistas em supermercados e apresentações de calouros de stand-up no hospital. Benevolência tem limite.
Governadores, façam alguma coisa. Sério, da próxima vez que eu ouvir Gonzaguinha em versão acústica eu saco a minha Uzi e faço um arregaço.
Marcadores: jornalismo boçal



Mas a fase de amadurecimento é difícil. Surgem descobertas dolorosas. Perceber a diferença entre os sexos costuma ser traumatizante. A adolescência, com suas espinhas e absorventes também deixa marcas.
Mas o pior é agüentar a birra. A crítica trata Mallu como criança mimada (“Que fofinho, ela toca banjinho!”). Mas ao crescer ela vai ter que encarar os fatos como adulta. “Tchubaruba" é uma graça quando você é criança. Na boca de um adulto é uma bela merda. A não ser que você seja cantor de axé, ai ta liberado. O Rebolation, por exemplo, acaba de lançar o hit
Em breve eles devem 




