FELIZ ANO NOVO! (AHN?)
Todo mundo adora dizer que, no Brasil, o ano novo só começa depois do carnaval. É uma forma mais “antropologicamente chique” de dizer que, no fundo, nós somos mesmos uns merdas que não curtem um batente. Pois para mim o carnaval nem precisava acabar, eu mal sentiria a diferença. A zona é a mesma em todos os outros períodos do ano, só tem uma incidência menor de globais seminuas.Mas já estão querendo deixar o carnaval mais sério. Antigamente as músicas eram idiotas e pegajosas. Agora são só idiotas. Saca só o enredo da escola Grande Rio: “Voilá, Caxias! Liberté, Egalité, Fraternité, merci beaucoup, Brésil! Não tem de quê!” Não é à toa que até hoje as pessoas preferem cantar velharias como “Cabeleira do Zezé”. Queria ver a ala das baianas decorando essa joça de “Egalité”.
E tem os carros alegóricos. Podiam trazer só mulatas e uns tucanos de madeira. Mas os carnavalescos preferem discutir a “industrialização” e coisas do tipo. Aí montam um carro com operários de sunga e a Daniele Winits rebolando no alto. Sei lá, fica pouco realista.
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“1 milhão de dólares? Vamos gastar toda essa grana em tintura pra cabelo!”’ 




