
Diz a sabedoria popular que por trás de todo grande homem existe uma mulher. Mas, às vezes, existe outro homem. É o caso do
Caetano Veloso. Não que ele seja um “grande homem”. Mas a sua ex-esposa,
Paula Lavigne, também não pode ser chamada exatamente de “mulher”. Ela foi alvo de uma matéria na revista Veja do dia 8 de fevereiro. A matéria serviu para mostrar como funciona o submundo da pentelhação cultural.
Paula é uma das mais bem sucedidas produtoras do cinema nacional. Mas isso não importa. Todo mundo se lembra dela como a
ex de Caetano. Aliás, Paula é a grande culpada pela presença irritante de Caê na trilha sonora da maioria dos grandes filmes brasileiros (sim, ela é a culpada por
“Eeeeeta, eta, eta, eta...”). Ela faz isso na base do chute na porta. Impõe mesmo. Paula assume ser “barraqueira”. E, segundo ela, 95% barracos são para defender o “poeta do agreste”. Diz aí: o amor não é lindo?
Pois é, por trás de muitos “monstros sagrados” da cultura nacional existe uma Paula para dar uma força. É uma tradição brasileira: misturar escrotidão com estigma de mulher macho. Digamos que
Paula Lavigne seja uma espécie mais magrinha de
Marlene Matos. Qualquer dia desses, ao invés de comemorar o “talento” dos artistas nacionais, haverá justiça e o Brasil celebrará a eficiência dos pit bulls dos bastidores, que forçam seus pupilos goela abaixo. Sei lá, talvez ergam um memorial para eles em pleno
Leblon. Poderia ser criado pelo
Niemayer. Como de costume, teria aquele ar de caixote de concreto: feio e quente pra burro. Mas já seria um começo.
Ah, sim, para não deixar dúvidas:
Maria Bethânia só não tem a sua “Marlene” porque já é feia e escrota o suficiente. Ela se basta.