COMO QUASE VIREI UM CRIMINOSO
O Supermercado Pão de Açúcar perto de casa é um dos mais frescos que existem. Vive em reforma, tem sempre uma novidade “arquitetônica”. Agora encanaram de colocar uma cafeteria e uma livraria bem na porta. Fui lá conferir. Entre um café carésimo e outro, aquele diabinho que aparece no ombro da gente deu as caras: “Você viu como seria fácil roubar um livro aqui?”Era fácil mesmo. Perto da porta, muito movimento... Por uns 3 minutos eu me senti um George Clooney, arquitetando um plano mirabolante para afanar um produto que deveria custar, se tanto, uns 25 pilas. Mas felizmente o diabinho não me convenceu.
Não tenho a cara de pau desses Malufs que roubam sem sentir remorso. E se eu fosse pego acabaria virando notícia. Imagine: roubar livro em um país de analfabeto é manchete na certa. Eu viraria piada nacional e acabaria puxando uns 10 anos de cana sem habeas corpus (isso é para deputados e assassinos, você sabe...). Roubar livro seria uma afronta ao país. Eu acabaria inaugurando a pena de morte, no mínimo. Que horror, meu caso daria manchete no programa da Luciana Gimenez!
Enguli o café e parei de pensar besteira.



























